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Capital

Primeira-dama usa o WhatsApp para criticar professores que foram a sua casa

Flávia Lima | 18/06/2015 12:06
Professores e pais foram hoje de manhã á casa do prefeito pedir reivindicar solução para o fim da greve. (Foto:Facebook)
Professores e pais foram hoje de manhã á casa do prefeito pedir reivindicar solução para o fim da greve. (Foto:Facebook)

A primeira-dama da Capital, Andreia Olarte, usou o aplicativo whattsApp para criticar os professores da rede municipal que estão em greve e foram na manhã desta quinta-feira (18) até à casa do prefeito Gilmar Olarte (PP) para tomar café da manhã e reivindicar que ele atendesse a categoria.

Além dos docentes, a comissão também foi composta por pais de alunos, que há 25 dias não tem aulas devido a paralisação. O protesto foi pacífico.

Em um dos grupos do aplicativo do qual faz parte, Andreia ressaltou que o movimento "saiu do âmbito de greve", indo para o lado pessoal. A primeira-dama considerou crime de invasão de privacidade. "A casa é asilo inviolável do indivíduo. Ninguém nela pode penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou para prestar socorro", destacou uma das frases postadas por ela.

Mesmo o grupo permanecendo do lado de fora da residência do prefeito, Andreia Olarte ressaltou que a pessoa que tem a imagem e a vida privada invadidas, tem direito a indenização por dano material ou moral.

O prefeito Gilmar Olarte, que atendeu um dos manifestantes foram a sua casa na manhã de hoje, não se pronunciou sobre o caso em suas redes sociais.

Segundo Geraldo Gonçalves, presidente da ACP (Sindicato Campo grandense dos Profissionais da Educação) o prefeito atendeu a comissão, mas afirmou que não tem dinheiro em caixa para acatar a proposta apresentada pela categoria.

De acordo com o Executivo, os gastos com folha representam 51,3% do orçamento e o limite estabelecido pela LRF é de 54%. Ainda na manhã de hoje, os manifestantes estiveram na sessão da Câmara Municipal, como forma de pressionar os vereadores a aderir a causa dos grevistas.

Os professores pedem reajuste de 13,01%. O Executivo oferece 8,5%, porém prometeu uma nova contraproposta após ajustar a folha e reduzir o limite prudencial, em conformidade com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

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