Prisão de assassino protege filha, pois mãe não teve essa sorte, alega delegada
Na madrugada desta quinta-feira (11), a adolescente de 15 anos também foi alvo de Fabio Braga do Amaral
A polícia ainda está à procura de Fabio Braga do Amaral, de 39 anos, apontado como assassino de Erica Aguilar Pereira, 38, e a prisão preventiva (por tempo indeterminado) já foi requerida à Justiça. No pedido, a delegada Ana Luiza Noriler da Silva Carneiro, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), argumenta que manter o suspeito preso garante proteção à adolescente de 15 anos, filha de Erica, já que a mãe não teve a mesma sorte e foi “brutalmente assassinada, apenas como forma de punição da mulher”.
Na madrugada desta terça-feira (11), a menina também foi alvo de Fabio. Ela relatou à polícia que antes de encontrar a mãe morta, foi acordada com o namorado de Erica em cima dela, tentando esganá-la. Ela lutou e o homem, só de cueca, desistiu de enforcá-la depois que ela o mordeu.
Erica foi asfixiada até a morte e a polícia também suspeita de estupro, uma vez que a vítima estava amarrada na cama e com as roupas abaixadas.
A adolescente narrou ainda que depois de se desvencilhar de Fabio, ele disse a ela que a mãe estava passando mal, sacudiu a vítima e tentou fazer respiração boca a boca. Como Erica não se mexia, ele se vestiu e antes de deixar o apartamento, fez sinal com o dedo na boca, como se mandasse a garota ficar quieta.
A polícia também registrou a suspeita que o assassino estivesse sob o efeito de drogas. Na janela do quarto da vítima, foi encontrada espécie de cachimbo chamado de pipa usado para o consumo de drogas (crack e pasta-base) e um isqueiro.
A filha relatou que mãe namorou Fabio até dezembro do ano passado e que ele voltou a fazer contato com Erica no domingo (9).
Na noite do crime, o padrasto levou a adolescente, o irmão dela, de 5 anos, e uma prima deles para lanchar. Ele deixou as crianças no apartamento do Residencial Reinaldo Busaneli 2, no Jardim Ramez Tebet, e voltou só depois das 23h, na companhia de Erica, com sacolas de supermercado.
A adolescente conta que dormiu com o irmão e não ouviu quando tudo aconteceu.