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Capital

Procurado por atentado com 14 disparos é morto em ação do Choque

Rapaz de 21 anos estava sendo procurado por ter sido autor de atentado nesta madrugada, na Vila Nhanhá

Silvia Frias e Dayene Paz | 08/02/2023 08:53
Viaturas do BPChoque no local de confronto, no Bairro Mário Covas. (Foto: Dayene Paz)
Viaturas do BPChoque no local de confronto, no Bairro Mário Covas. (Foto: Dayene Paz)

Um rapaz de 21 anos foi morto esta manhã em uma ação da equipe do BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar de MS) no Bairro Mário Covas, em Campo Grande. A informação é que ele teria participado nesta madrugada de atentado com 14 tiros, na Vila Nhanhá.

O rapaz, identificado como Adriano Júnior Ferreira da Luz, conhecido como "Juninho", morreu com tiro no tórax.

O capitão do BPChoque, Leonardo Mense, disse que Adriano da Luz foi contratado por pessoa identificada como Matheus, 21 anos, para matar desafeto, que mora na Vila Nhanhá. A motivação do crime não foi detalhada pelo policial.

A reportagem apurou que o alvo do atentado é primo de Adriano e que os três se conhecem desde criança, já que sempre moravam na região do Jardim Nova Esperança, próximo da Nhanhá.

Policiais do BPChoque no local da busca. (Foto: Dayene Paz)
Policiais do BPChoque no local da busca. (Foto: Dayene Paz)

O atentado aconteceu por volta das 4h, na Travessa Inês Corrêa da Costa, na Vila Nhanhá. A irmã do alvo, moradora da casa, relatou em boletim de ocorrência que acordou de madrugada com o barulho dos disparos. Ao sair, constatou que os tiros atingiram o portão, porta da sala e parede interna.

A polícia constatou que foram pelo menos 14 tiros de pistola 9 milímetros. Conforme boletim de ocorrência, a mulher acredita que o alvo seria o irmão. Em dezembro do ano passado, ele já tinha sido vítima de atentado quando estava na casa da avó.

Na investigação do caso da Vila Nhanhá, os policiais chegaram até Matheus, que mora em uma rua próxima da casa que foi alvo dos tiros.

Matheus foi encontrado em casa e confessou que contratou Gabriel para matar o desafeto. Para o serviço, o contratado ainda chamou amigo e os disparos foram feitos por eles, que passaram pelo local de motocicleta.

Segundo o capitão, foi Matheus quem deu a localização da casa de Gabriel e, com base na localização, outra equipe do Choque foi até o local, no Bairro Mário Covas.

De acordo com a polícia, Adriano da Luz estava deitado na cama e, ao lado, tinha uma pistola 9 milímetros. Segundo o capitão, o rapaz teria feito menção de pegar a arma e foi atingido com tiro no tórax. Morreu no atendimento hospitalar.

A polícia informou que Adriano da Luz tinha passagens por homicídio e tráfico de drogas. A tia dele, de 35 anos, disse ao Campo Grande News que ele se "envolveu no mundo do crime" cedo e que tinha "obsessão pelo PCC, uma neura de entrar". Sabia das passagens policiais, mas procurava não ter mais detalhes. “A gente procura nem saber, que quanto menos saber melhor pra gente”.

Somente este ano, nove pessoas morreram em ações identificadas com “morte por intervenção de equipe do Estado”, ou seja, em confronto policial. No ano passado, foram 42 óbitos nessa classificação.

A polícia ainda procura pelo outro envolvido no atentado, que foi chamado por Juninho para o serviço.

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