Produtores reclamam de queda recorrente de energia na região da MS-040
Moradores pedem melhorias no abastecimento da região
Cerca de 80 produtores rurais, moradores na região rural da MS-040, travam uma briga com a concessionária de energia de Campo Grande desde quinta-feira da última semana.
Os moradores da região questionam a demora em resolver as recorrentes quedas de energia, o que, segundo eles, provoca a queima de equipamentos e prejudica a produção local.
“Temos postes caídos aqui há cerca de 15 anos. Esses dias caiu uma cruzeta de energia, pegou fogo na rede, caiu e queimou o pasto, matou algumas cabeças de gado, essa encrenca aí", diz Lourival Oliveira. Segundo o morador, as primeiras quedas na energia elétrica aconteceram na última quinta-feira (31), e se repetiram por várias vezes entre sexta-feira e todo o final de semana. "Eram entre 7 e 9 horas de espera", reclama.
Com uma horta hidropônica, Jeferson Marques Mota, 42, destacou que a falta de energia lhe causa gastos com geradores e combustíveis, além de queimar equipamentos que geram, segundo ele, prejuízos de R$ 500 por dia.
“Como a hidroponia é intensa, e a lida com as hortaliças depende da água, às vezes você perde tudo por causa da ausência de energia. Nessa situação usamos o trator para alimentar o gerador e manter a produção."
De acordo com Mota, as oscilações ocorreram cerca de quatro vezes neste mês, e se agravaram com os temporais. Diante das quedas frequentes de energia, o produtor disse estar com um prejuízo diário de R$ 2 mil. “A reclamação é sobre a estrutura da rede de energia, não adianta os técnicos virem aqui e arrumar e a energia acabar horas depois, tem que trocar fiação, transformadores.
Um produtor que não quis se identificar disse que o trabalho da concessionária de energia pode ser justificado por dois motivos: ou a pessoa não tem conhecimento para resolver ou o problema gera custo e a empresa vai empurrando para evitar custos.
Moradora da região há dez anos, a administradora Letícia Monteiro de Souza (25) se queixou das tarifas praticadas pela concessionária de energia. “Tudo é tarifado, temos propriedades na cidade e os impostos chegam de forma diferente”, salientou. Letícia disse que paga cerca de R$ 1,7 mil por mês na chácara onde vive. Enquanto dentro da cidade, os custos ficam em torno de R$ 200.
Segundo a assessoria da Energisa, os trabalhos seguem de forma ininterrupta sempre que há problemas em qualquer que seja a região sem abastecimento.
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