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Capital

Produtores reclamam de queda recorrente de energia na região da MS-040

Moradores pedem melhorias no abastecimento da região

Alison Silva e Antonio Bispo | 05/09/2023 14:27
Propriedade qque enfrentou falta de energia em zona rural de Campo Grande (Paulo Francis)
Propriedade qque enfrentou falta de energia em zona rural de Campo Grande (Paulo Francis)

Cerca de 80 produtores rurais, moradores na região rural da MS-040, travam uma briga com a concessionária de energia de Campo Grande desde quinta-feira da última semana.

Os moradores da região questionam a demora em resolver as recorrentes quedas de energia, o que, segundo eles, provoca a queima de equipamentos e prejudica a produção local.

“Temos postes caídos aqui há cerca de 15 anos. Esses dias caiu uma cruzeta de energia, pegou fogo na rede, caiu e queimou o pasto, matou algumas cabeças de gado, essa encrenca aí", diz Lourival Oliveira. Segundo o morador, as primeiras quedas na energia elétrica aconteceram na última quinta-feira (31), e se repetiram por várias vezes entre sexta-feira e todo o final de semana. "Eram entre 7 e 9 horas de espera", reclama.

Com uma horta hidropônica, Jeferson Marques Mota, 42, destacou que a falta de energia lhe causa gastos com geradores e combustíveis, além de queimar equipamentos que geram, segundo ele, prejuízos de R$ 500 por dia.

“Como a hidroponia é intensa, e a lida com as hortaliças depende da água, às vezes você perde tudo por causa da ausência de energia. Nessa situação usamos o trator para alimentar o gerador e manter a produção."

De acordo com Mota, as oscilações ocorreram cerca de quatro vezes neste mês, e se agravaram com os temporais. Diante das quedas frequentes de energia, o produtor disse estar com um prejuízo diário de R$ 2 mil. “A reclamação é sobre a estrutura da rede de energia, não adianta os técnicos virem aqui e arrumar e a energia acabar horas depois, tem que trocar fiação, transformadores.

Um produtor que não quis se identificar disse que o trabalho da concessionária de energia pode ser justificado por dois motivos: ou a pessoa não tem conhecimento para resolver ou o problema gera custo e a empresa vai empurrando para evitar custos.

Moradora da região há dez anos, a administradora Letícia Monteiro de Souza (25) se queixou das tarifas praticadas pela concessionária de energia. “Tudo é tarifado, temos propriedades na cidade e os impostos chegam de forma diferente”, salientou. Letícia disse que paga cerca de R$ 1,7 mil por mês na chácara onde vive. Enquanto dentro da cidade, os custos ficam em torno de R$ 200.

Segundo a assessoria da Energisa, os trabalhos seguem de forma ininterrupta sempre que há problemas em qualquer que seja a região sem abastecimento.

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