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Capital

Professores distribuem café em protesto e Câmara reforça segurança

Antonio Marques | 04/08/2015 08:56
Professores em greve desde o dia 27 de maio oferecem cafezinho na volta do recesso legislativo na Câmara Municipal (Foto: Fernando Antunes)
Professores em greve desde o dia 27 de maio oferecem cafezinho na volta do recesso legislativo na Câmara Municipal (Foto: Fernando Antunes)
Os professores da Reme também distribuíram pó de cafe a motoristas que passavam em frente da Câmara Municipal durante manifesto nesta manhã (Foto: Fernando Antunes)
Os professores da Reme também distribuíram pó de cafe a motoristas que passavam em frente da Câmara Municipal durante manifesto nesta manhã (Foto: Fernando Antunes)

Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), que estão em greve há quase dois meses, retomaram agora cedo as manifestações na Câmara Municipal. Depois de distribuírem pizzas, antes do recesso legislativo, pelo menos 200 educadores estão na frente da Casa de Leis distribuindo cafezinhos e pó de café aos vereadores e cidadãos que chegam para a reabertura dos trabalhos no local. A Câmara Municipal reforçou a segurança para a volta dos trabalhos.

Conforme a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) foram preparados cerca de 10 litros de café e mais 10 quilos de pó de café, além das garrafas que dezezas de professores levaram com cafezinho feito em casa.

Com 22 anos na Educação, a professora Elimar Cristina Tolentino, disse que o ato é uma recepção aos vereadores que estão voltando das férias, depois de tantas outras visitas que realizamos à Casa durante nossa greve, que iniciou no dia 27 de maio. “Viemos recepcioná-los com um cafezinho. Só que nosso café não fere a educação, não a saúde e não causa prejuízo à população”, destacou ela, acrescentando que seria uma alusão ao termo “tomar um café”, que é citado nas gravações para substituir o termo propina, conforme investigação da operação Lama Asfáltica deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, que aponta envolvimento de alguns parlamentares.

Os professores estão abordando as pessoas que chegam para participar da sessão para oferecer o cafezinho e entregando pó de café em saquinhos aos motoristas que que passam na frente da Câmara de Vereadores. Até o momento foi registrado nenhum incidente entre os guardas municipais que fazem a segurança da Casa e os manifestantes.

Na Câmara ninguém atendeu a reportagem para confirmar, mas é visível que a segurança foi reforçada. Oito veículos da Guarda Municipal estão estacionados no local e tem guardas distribuídos nas entradas da Casa para controlar o acesso ao plenário. Ao ser abertas as portas chegou a ocorrer uma pequena confusão, mas os professores foram liberados a participar da sessão.

O presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, lembrou ser a 15ª vez que os professores participam de sessões na Câmara Municipal para solicitar o apoio dos vereadores para que o Prefeitura cumpra a lei municipal 5.411/2014, que eles aprovaram. “Nós acreditamos nos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário e na independência que eles devem exercer. Estamos aqui cobrando a independência dos vereadores em relação ao Executivo”, declarou, referindo-se que a lei estabelece o reajuste de 13,01% do piso salarial nacional para 20 horas semanais.

Com gritos de ordem "não tem nada não. Ano que vem tem eleição", os professores entraram no plenário da Câmara, acompanhados de manifestantes que pedem a volta do ex-prefeito Alcides Bernal, cassado pelos vereadores em março de 2014.

Câmara reforça segurança na volta do recesso legislativo. Guarda Municipal faz o controle da entrada ao Plenário (Foto: Fernando Antunes)
Câmara reforça segurança na volta do recesso legislativo. Guarda Municipal faz o controle da entrada ao Plenário (Foto: Fernando Antunes)
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