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Capital

Promotor pede júri popular a Hugleice e Jodimar e quer prisão preventiva

Marta Ferreira | 08/08/2011 18:33
Hugleice, cunhado de Marielly, só confessou envolvimento na morte dela após ser preso. (Foto: Arquivo)
Hugleice, cunhado de Marielly, só confessou envolvimento na morte dela após ser preso. (Foto: Arquivo)

O promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri ofereceu hoje denúncia à Justiça contra os dois acusados de envolvimento na morte da estudante Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, Hugleice da Silva, de 27 anos, e Jodimar Ximenes Gomes, de 40 anos. Os dois são acusados de aborto e ocultação de cadáver , crimes que podem levá-los a júri popular.

O promotor pede que seja decretada a prisão preventiva dos dois, que estão em prisão provisória desde julho.

A jovem foi encontrada morta no dia 11 de junho e as investigações apontaram que foi vítima de um aborto malsucedido. A apuração apontou que Marielly foi levada pelo cunhado, Hugleice, para fazer o procedimento clandestinamente. Jodimar foi o responsável e, conforme o inquérito, atendeu Marielly na casa dele em Sidrolândia.

Após o procedimento dar errado e a jovem morrer, Hugleice e Jodimar jogaram o corpo dela em um canavial, conforme a investigação.

Segundo o inquérito, Hugleice da Silva pagou R$ 500 a Jodimar para fazer o aborto na jovem, de um total de R$ 1 mil acertados.

O caso- Marielly saiu de casa, no Jardim Petrópolis, no dia 21 de maio, um sábado, dizendo que iria resolver um problema e não foi mais vista. A família dela e amigos espalharam cartazes pelo bairro, fizeram campanha na internet e foram à Ordem dos Advogados do Brasil e Assembléia Legislativa pedir apuração do desaparecimento. Hugleice esteve presente o tempo todo.

O corpo foi encontrado no dia 11 de junho com roupa diferente da que a jovem havia saído de casa. Não foi encontrado feto no corpo e as condições do cadáver indicavam perda de sangue.

Jodimar fez procedimento que provocou morte de Marielly, segundo acusação. (Foto: João Garrigó)
Jodimar fez procedimento que provocou morte de Marielly, segundo acusação. (Foto: João Garrigó)

A perícia constatou que não havia marcas de violência no corpo e que, diante da informação de que ela estava grávida, a morte foi resultado do aborto malsucedido.

A Polícia suspeitou de Hugleice após a quebra de sigilo telefônico constatar que ele foi a última pessoa com quem ela conversou. Além disso, a empregada de Jodimar o viu na residência do enfermeiro. No local onde o cadáver estava havia embalagens de Halls, bala que Hugleice tinha hábito de consumir,

A família de Marielly mentiu à Polícia sobre Hugleice. Todos disseram que o rapaz estava em casa no dia 21 de maio, no fim da tarde, quando a operadora de celular dele indicou que ele estava em Sidrolândia. A princípio, a família não será punida criminalmente pela mentira.

Hugleice só confessou a participação na morte de Marielly após ser preso, dois meses após o desaparecimento dela, no dia 21 de julho.

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