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Capital

Pronta, sala para atender crianças na Depac continua fechada

Plantão ainda não pode começar porque o espaço onde serão feitos os exames de corpo de delito está sem mobília

Bruna Marques | 25/04/2023 11:44
Salas estão situadas dentro do prédio da Depac Cepol. (Foto: Divulgação)
Salas estão situadas dentro do prédio da Depac Cepol. (Foto: Divulgação)

Decorada com papéis de parede e móveis, a sala de atendimento a crianças e adolescentes na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol está pronta desde a última quinta-feira (20), mas continua de portas fechadas. Isso porque o espaço onde serão feitos os exames de corpo de delito e de violência sexual ainda precisa receber biombo, foco óptico, maca e cadeira.

O local será para atendimento durante as noites, madrugadas, finais de semana e feriados, períodos em que a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) está fechada. Provisoriamente, o plantão está sendo feito na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), que fica na Casa da Mulher Brasileira.

Questionada sobre o prazo para que os atendimentos comecem na Depac, a Polícia Civil informou que depende da sala do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para que o plantão passe a funcionar.

Sala decorada com papel de parede e brinquedos. (Foto: Divulgação)
Sala decorada com papel de parede e brinquedos. (Foto: Divulgação)

O novo espaço conta com um núcleo de quatro salas especializadas, sendo uma para o depoimento especial das crianças e adolescentes, uma onde serão confeccionados boletins de ocorrência, além de dependências próprias para escrivães e delegados plantonistas.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) para saber quando a sala do Imol ficará pronta, mas não foi informada uma data. A resposta é de que os equipamentos estão sendo adquiridos.

Sala onde serão registrados boletins de ocorrências. (Foto: Divulgação)
Sala onde serão registrados boletins de ocorrências. (Foto: Divulgação)

O atendimento de plantão na Deam começou depois da grande repercussão da morte da menina de 2 anos e prisão da mãe e do padrasto, depois de dezenas de passagens da garota pela rede de saúde e outros órgãos de proteção, em Campo Grande.

O caso expôs diversas dificuldades de famílias e conselheiros tutelares para registrar as ocorrências. Quando a delegacia estava fechada, eles tinham que esperar. Isso comprometia a proteção às crianças e adolescentes. Alguns mudaram o depoimento dias depois da denúncia, impedindo assim as medidas cabíveis aos agressores e a proteção da vítima.


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