Quadrilha presa por vender animais também traficava drogas em MS
As atividades mudavam de rumo de acordo com calendário de nascimento dos animais
Investigações da Polícia Federal de São Paulo apontam que além do tráfico de animais silvestres, quadrilha que atuava no Estado paulista, com apoio de integrantes de Mato Grosso do Sul, também traficava drogas. Segundo a PF, as atividades mudavam de rumo de acordo com a demanda de animais.
A descoberta resultou na prisão de um dos principais traficantes de animais do país, com 38 anos comprovados de experiência no crime, e de seus familiares.
“Esse traficante já estava passando a função para o filho. Há também envolvimento de outros familiares com o tráfico de drogas, quando o tráfico de animais silvestres não está bem por conta do calendário de nascimento das espécies”, explicou o delegado chefe da Delegacia de Repressão de Crimes contra o meio ambiente da Polícia Federal, Sebastião Pujol.
Pelo tráfico de drogas, a esposa do traficante foi presa transportando entorpecentes, em Mato Grosso do Sul. “A operação serviu para identificarmos essa simbiose de ilícitos”, afirmou Pujol.
Urutau - Aproximadamente 200 animais silvestres foram apreendidos, nesta sexta-feira (4), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da segunda fase da Operação Urutau, que tem por objetivo desarticular organização criminosa especialista no tráfico de animais silvestres.
Ao todo, foram expedidos 36 mandados, sendo quatorze de prisão preventiva e dezessete de busca e apreensão. Também foram cumprindos cinco mandados de sequestro/apreensão de veículos.
Em Mato Grosso do Sul os mandados foram cumpridos na cidade de Ivinhema, a 282 km da Capital, e também Novo Horizonte do Sul, distante 329 de Campo Grande. A Operação Urutau 2 também acontece em Diadema (SP), São Paulo (SP), Jacareí (SP), Mongaguá (SP), Aparecida de Goiânia (GO), Curitiba(PR) e Alagoinha (PE). A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 23 de maio de 2019.
