Reagente para teste de DNA chega no começo da próxima semana, garante Sejusp
Produto usado nos testes de DNA, que está em falta no estado, já foi comprada e será entregue até o começo da semana que vem, conforme a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública). Sem o produto, 253 casos que precisam do exame para serem solucionados estão travados, conforme a Associação de Peritos Oficiais do Estado.
Entre esses, 30 correspondem a identificações de vítimas de acidentes ou homicídios em que falharam outras formas de reconhecimento, como por exemplo as impressões digitais. Estão nesse rol as vítimas de um acidente com van de vendedores ambulantes de Três Lagoas, que pegou fogo em um acidente em Nova Andradina ano passado.
Outro caso é o de Marília Caballero, desaparecida há 12 anos. Uma ossada com prótese de silicone foi encontrada em madeireira desativada no bairro Taveirópolis, mas ainda não é possível fechar o caso por falta do DNA que comprove se tratar de Marília. Já houve coleta do material dos filhos.
Também estão prejudicados 41 exames para identificação de suspeitos de estupro, como por exemplo o de uma jovem de 18 anos, que apesar de ter denunciado os suspeitos logo após ter sofrido agressão sexual, ainda não os viu presos, porque o sêmen dos criminosos foi colhido, mas não pode ser processado pela falta do produto químico.
Outras deficiências na perícia em Mato Grosso do Sul já viraram escândalo este ano. Um homem preso durante o Natal como suspeito de assassinato foi solto em março por falta de laudos. Foi o terceiro desse tipo apenas em uma das varas da Justiça do estado prejudicados pela falta de exame corpo de delito das vítimas, desta vez no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).