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Capital

Reforma no ProntoMed vai prejudicar usuários de planos de saúde

Ricardo Campos Jr. | 07/01/2015 16:32
Piso rachado no ProntoMed, que passou anos sem receber reformas (Foto: Marcos Ermínio)
Piso rachado no ProntoMed, que passou anos sem receber reformas (Foto: Marcos Ermínio)
Superintendente da Santa Casa de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Superintendente da Santa Casa de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Tratadas como um "mal necessário" pela diretoria da Santa Casa, as obras no ProntoMed, setor destinado ao atendimento de convênios e planos de saúde, já começaram em alguns pontos do local. No entanto, o encerramento total das atividades está previsto para o dia 12. São feitos em média 3,6 mil atendimentos mensais, entre adultos e infantis, cerca de 126 pacientes por dia, demanda que terá de ser absorvida por outras unidades particulares. Isso deixa os usuários, principalmente, dos planos de saúde, com medo de enfrentar filas.

“São 120 dias necessários para que nós possamos adequar, otimizar espaços e reduzir custos”, disse o superintendente do hospital, Roberto Madid, em coletiva nesta quarta-feira (7). Atualmente a situação é de abandono. Há portas e batentes de madeira corroídos, pisos quebrados, remendos no forro de gesso, paredes rachadas, entre outros danos. Foram oito anos sem qualquer tipo de obra, período de intervenção do poder público.

O valor total da reforma custará R$ 800 mil, conforme previsão feita pela diretoria. Quase todo o valor já está em caixa, pois vinha sendo juntado nos últimos meses. “Guardamos um pouco do dinheiro e a obra será paga parceladamente”, afirmou ao Campo Grande News.

A planta do setor continuará a mesma. Serão feitas apenas readequações. Haverá aumento na quantidade de leitos de observação, que passarão de 20 para 23. A previsão do superintendente é aumentar a capacidade de atendimento em 50% a 60% após as obras.

Hoje trabalham no ProntoMed 65 pessoas, entre enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e administrativos. Durante as intervenções eles serão colocados em outras alas da Santa Casa, retornando assim que houver a reabertura. Madid afirma que não é descartada possibilidade de aumentar o efetivo se realmente houver uma demanda superior de pacientes.

Testo esburacado e com remendos no gesso (Foto: Marcos Ermínio)
Testo esburacado e com remendos no gesso (Foto: Marcos Ermínio)
Rachaduras na parede da ala de observação infantil (Foto: Marcos Ermínio)
Rachaduras na parede da ala de observação infantil (Foto: Marcos Ermínio)

Motivos – De acordo com o presidente da ABCG ( Associação Beneficente de Campo Grande), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, o ProntoMed é apenas uma fração da estrutura para atendimentos particulares e de convênio do hospital, sendo a porta de entrada dos casos de urgência e emergência.

Segundo ele, 15% da receita do hospital vem desse tipo de serviço e dentro dele, o ProntoMed ocupa 20%. “Estamos fazendo algo de melhor qualidade. Queremos que mais pacientes venham”, afirmou.

Haverá outros investimentos mais adiante no intuito de melhorar a autonomia da Santa Casa diante dos recursos repassados pelo poder público. Sobre a interdição, Teslenco diz que haverá fiscalização para que “não estoure o prazo”.

Parte do setor já começou a passar por reformas
Parte do setor já começou a passar por reformas
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