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Capital

Restaurantes tentam arrumar solução para acúmulo de lixo devido à greve

Alan Diógenes e Raiza Calixto | 10/09/2015 18:26
População está convivendo com lixo acumulado no meio na calçadas. (Fotos: Gerson Walber)
População está convivendo com lixo acumulado no meio na calçadas. (Fotos: Gerson Walber)

Os dois dias de greve dos funcionários da Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, atingiu comércios como: restaurantes, bares e conveniências. Os estabelecimentos, com grande aglomeração de pessoas, geram maior quantidade de lixo por dia que às residências comuns, e por atuarem no ramo de alimentação precisam estar dentro das regras da Vigilância Sanitária.

A situação é extrema e o gerente de um restaurante localizado na Dom Aquino com a Pedro Celestino já pensa em retirar o lixo em seu próprio veículo e levar ao aterro sanitário da Capital. “Se greve a permanecer vou ter que pegar lixo, colocar dentro do carro e levara para o Lixão. Se não a clientela vai fugir”, comentou Luiz Boini, 58.

Para amenizar os efeitos do acúmulo de luxo, o restaurante adotou um esquema de separação. O lixo fica nos fundos do local em dois sacos plásticos. Um deles é colocado o lixo seco, como embalagens, plásticos e papéis, e o outro é colocado restos de produtos orgânicos, que não foram usados nas refeições. A gordura está sendo retirada em galões de descartadas de forma correta.

Mas, segundo o gerente, nos dois de greve, houve um acúmulo muito grande de lixo e o esquema não vai durar por muito tempo. “Se a greve continuar a gente nem sabe como iremos fazer. Precisamos estudar”, destacou.

Já em outros dois restaurantes localizados no Bairro Cachoeira, os sacos de lixos estão sendo depositados em contairnes, em frente aos estabelecimentos. O problema é que mais uns dias, os recipientes começaram a transbordar.

Greve - Os cerca de mil trabalhadores da Solurb entraram a greve alegando que dependem do pagamento pela prefeitura para voltar ao trabalho. De acordo com a direção da empresa, a concessionária tem cerca de R$ 23 milhões para receber da administração referente aos serviços de varrição e coleta de lixo feitas em junho e julho.

O advogado da Solurb, Ary Raghiant Neto, alega que no mês passado, a prefeitura repassou apenas R$ 1 milhão à empresa, referente ao saldo do mês de maio. O contrato prevê o pagamento mensal de aproximadamente R$ 7 milhões. Conforme o advogado, a prefeitura tem sido intransigente e se recusa a negociar com a Solurb.

Já a prefeitura informou, através de nota, que a Procuradoria Jurídica notificou a Solurb para que reiniciasse os trabalhos, por se tratarem de serviços essenciais e por isso não podem ser paralisados.

Ainda conforme a nota, a notificação é a primeira medida e caso a empresa não cumpra a determinação, a procuradoria irá ingressar na Justiça com uma ação cautelar.

O prefeito também ressaltou que até dia 24 de agosto a empresa recebeu R$ 56 milhões, rebatendo as declarações de que os funcionários teriam ficado sem salário por falta de repasses da prefeitura a empresa.

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