Santa Casa atesta morte de Eloá e mãe autoriza doação de orgãos
Eloá Aquino de Carvalho, 3 anos, sofreu grave lesão na cabeça ao ser jogada no chão; córneas e rins foram doados
A equipe de intensivistas da Santa Casa de Campo Grande atestou a morte encefálica de Eloá Aquino Carvalho, de 3 anos, a menina que foi arremessada ao chão por um homem na última quarta-feira (12). A mãe autorizou a doação das córneas e rins.
A informação foi confirmada pela advogada Mariana Canossa, que passou a acompanhar o caso, representando a mãe da menina, Elenilda Carvalho Moreira, 31 anos. Os médicos oficializaram a morte na madrugada de sexta-feira (13) e a captação de órgãos foi feita esta manhã.
A menina sofreu uma grave lesão na cabeça e o protocolo foi aberto na tarde do mesmo dia em que foi agredida. O procedimento, contudo, teve que ser reiniciado depois que Eloá sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e os médicos a reanimaram.
A menina estava apta para doação de alguns órgãos, o que foi autorizado por Elenilda. As duas córneas serão transplantadas a paciente de Campo Grande e os rins serão levados para São Paulo.
Depois de constatada a morte da menina, a mãe disse que tinha desejo de a filha ser sepultada no Cemitério Nacional Parque, na Moreninha IV, bairro onde família mora. Segundo a advogada, uma pessoa se prontificou e irá arcar com a vaga no cemitério e as despesas funerárias.
Ainda não há informação do horário do velório e sepultamento, mas a advogada adiantou que não será permitida a presença da imprensa.
A agressão aconteceu na última quarta-feira (12), na rua Baobá, Moreninha III, quando a mãe de Eloá, Elenilda Carvalho Moreira, 31 anos, estava em ponto de ônibus acompanhada dos três filhos, de 2 meses, 3 anos e 5 anos.
A criança estava no carrinho e foi retirada por Cecílio Martins Centurião Junior, 34 anos, e arremessada ao chão duas vezes. Testemunhas conseguiram contê-lo e ele foi detido.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva e o homem está uma ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho.