Santa Casa rejeita “última” proposta da prefeitura e pode parar em 10 dias
A diretoria da Santa Casa de Campo Grande rejeitou nova proposta da prefeitura de Campo Grande e pode parar os atendimentos em 10 dias. O anúncio foi feito durante reunião pública realizada na tarde de hoje (29).
A prefeitura propõe repassar R$ 3 milhões, sendo R$ 2 milhões para os atendimentos de baixa e média complexidade e R$ 1 milhão para alta complexidade, através de contrato que teria vigência de 30 dias.
Porém, Wilson Teslenco, diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade gestora da Santa Casa, contesta a proposta tendo em vista que o repasse de R$ 3 milhões seria suficiente apenas para a baixa e média complexidade.
“Nós estaríamos operando com um deficit de R$ 1 milhão na média complexidade. E outro ponto é que esse contrato de 30 dias não oferece segurança”, disse.
Conforme Teslenco, além o aporte de R$ 3 milhões para a média complexidade, o contrato deveria ter validade de 12 meses e ainda um planejamento para recebimento dos débitos que tem junto à prefeitura.
Durante a reunião foi assinado um ofício com a contraproposta da entidade, que segundo Antônio Lastória, representante da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), será analisado.
“Nós vamos continuar o dialogo. Mas, temos fazer tudo de forma consciente e dentro das nossas possibilidades. Vamos analisar e conversar novamente com o Estado a respeito desta situação. Fizemos esta proposta de um contrato imediato para tentar sanar esse problema de maneira emergencial, no entanto, como eles não aceitam temos que ver outras possibilidade”, completou.
Questionado sobre o pedido de aumento na validade do contrato, Lastória disse que foi a própria Santa Casa quem rejeitou acordo com validade de um ano no ano passado. “Na verdade, não dá para entender o que eles querem. Com essa fala do diretor técnico então saio daqui um pouco chateado”, comentou.