Secretaria garante que merenda não está em falta nas escolas de Campo Grande
Semed diz que pode haver substituições, conforme entrega de produtos, mas seguindo normas nutricionais à risca

Após reclamação de uma mãe ao Campo Grande News, que dizia faltar comida na merenda de uma escola municipal da Capital, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) ressaltou que o cardápio é seguido a risca, baseado em diretrizes nacionais de nutrição, e que não há falta de alimentos.
Segundo a nutricionista vinculada à pasta, Micheli Ignacio, alguns produtos podem faltar nas despensas, mas que neste caso, é feita a substituição por outro alimento de mesma categoria e valor nutricional.

Ela coordena um grupo de 15 profissionais de área, que desenvolvem trabalhos nas mais de 200 unidades escolares de ensinos Fundamental e Infantil, além de ONGs (Organizações não Governamentais).
“Está tudo dentro da normalidade. Se um produto, ou outro, por causa de um contratempo, tem um fornecedor que não entrega, por exemplo, é substituído pela mesma categoria.”
Além disso, ela ressalta que são usados itens com base no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), o que inclui a priorização de alimentos com baixo valor calórico.
Segundo ela, muitas crianças acabam não consumindo o leite com cacau 32%, por exemplo - que é mais saudável -, porque estão acostumadas com o produto que leva achocolatados menos naturais.
“Substituímos o achocolatado por cacau e muitas crianças não gostam, porque não tem o docinho do açúcar, que influencia em vários fatores de saúde. Mas, muitas vezes, a criança fala que não tomou o leite, porque está docinho.”
Na Escola Municipal Ana Lúcia de Oliveira Batista, no Bairro Paulo Coelho Machado, os alunos se alimentaram na manhã de hoje e também contarão com o almoço - este que no cardápio indicava ser carne bovina moída, mas será servido frango.
O diretor da unidade, Moacir Pereira Castro, é professor há 12 anos na instituição e tem cinco anos neste cargo. Segundo ele, “está tudo dentro da normalidade” e que a única dificuldade é em relação a itens como pães e bolos feitos na própria escola e que precisam de pelo menos um dia de antecedência.
“A maior dificuldade é em relação a produtos que são oferecidos no lanche, de fabricação própria. Nunca falta, mas é apenas uma dificuldade que ocorre.”
O seleiro Claudionor Rodrigues Coelho, de 54 anos, é pai de Lorenzo, de nove anos, e relata que o filho nunca se queixou da alimentação oferecida na unidade. Ele acha que nunca vai deixar faltar, ainda mais por se tratar de uma escola-modelo da Reme (Rede Municipal de Ensino).
Reclamação - Família de um aluno, de cinco anos, matriculado na Escola Municipal de Ensino Integral Hilda de Souza Ferreira, no Bairro Coophatrabalho, reclamou que havia escassez de merenda na unidade de ensino e crianças voltavam para casa com fome.
Seguindo o relato, o colégio servia apenas bolacha de água e sal com água no café da manhã, com almoço por volta das 11h e nenhuma outra refeição até os estudantes irem embora, por volta das 16h.
No entanto, a Semed afirmou, naquele momento, que são feitas quatro refeições ao dia e que a Reme cumpre "rigoroso cardápio para alimentação das crianças, contemplando todos os grupos alimentares com itens de qualidade, garantindo alimentação equilibrada para nossos alunos."
Em nota, a pasta afirma que "os alunos das escolas municipais de tempo integral recebem o desjejum, a colação (fruta), o almoço e o lanche da tarde. No caso do desjejum e do lanche da tarde o cardápio é semelhante, com pão ou bolo, leite ou suco e também fruta”.