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Capital

Seis horas após matar a mãe, garoto foi apreendido ao retornar para beber água

Na delegacia, o adolescente contou que premeditou matar a mãe e detalhou a dinâmica criminosa

Por Viviane Oliveira | 07/10/2024 08:55
Cômodo da casa, coberto por sangue, onde ocorreu o crime (Foto: divulgação / Polícia Civil) 
Cômodo da casa, coberto por sangue, onde ocorreu o crime (Foto: divulgação / Polícia Civil)

Às 10h30, cerca de seis horas depois de matar a mãe, Regina Fátima Monteiro de Arruda, de 52 anos, com cerca de 20 facadas, o adolescente de 16 anos foi apreendido ao retornar à casa para beber água e tomar banho. O caso ocorreu por volta das 4h de ontem (6), na Rua Macarai, no Jardim Zé Pereira, em Campo Grande. O garoto vai responder por ato infracional análogo ao crime de feminicídio.

Conforme a Polícia Civil, após finalizar os trabalhos periciais, com as informações primárias, a equipe da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada) iniciou as diligências no bairro para descobrir o paradeiro do garoto.

Cerca de uma hora após o início, ao retornarem à casa da vítima, os policiais civis se depararam com o adolescente pulando o muro da casa. Assim que matou a mãe, o garoto se escondeu em um matagal nas redondezas e havia retornado ao local para tomar banho e beber água, momento em que recebeu voz de prisão.

Na delegacia, o adolescente contou que premeditou o crime e detalhou a dinâmica. Ele disse que a mãe batia nele, o humilhava, o xingava e não o amava.

No dia do fato, esperou Regina dormir e, durante a madrugada, invadiu seu quarto e desferiu cerca de 20 facadas: na região do pescoço, cabeça, nuca, tórax, barriga e nádegas, "além de ter a golpeado no rosto com pedradas e no pescoço com um caco de vidro”, informou Cynthia Gomes, delegada responsável pela apreensão do adolescente.

Segundo os vizinhos, a mulher tinha problemas com o álcool e constantemente agredia o filho. “O menino trabalhava como Mirim. Ele é bem tranquilo. A mãe pegava todo o salário dele. Pode ter sido uma ação de reação. O pai dele está preso há muitos anos”, disse um dos moradores entrevistados pela reportagem. Mãe e filho moravam sozinhos na residência.

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