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Capital

Sem acordo, funcionários do HU entram em greve

O motivo principal é a falta de reajuste salarial nos últimos 4 anos

Izabela Cavalcanti | 26/09/2022 07:22
Profissionais de saúde do Hospital Universitário deram início a greve, hoje (Foto: Marcos Maluf)
Profissionais de saúde do Hospital Universitário deram início a greve, hoje (Foto: Marcos Maluf)

Os trabalhadores da saúde do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, entram em greve a partir de hoje (26). O motivo principal é a falta de reajuste salarial por quatro anos, previsto para acontecer todo mês de março. Outros 37 Hospitais Universitários da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) também participam da ação.

De acordo com o secretário-geral do Sintsep (Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Mato Grosso do Sul), Wesley Cássio Goully, o pedido é de aumento de 24%, o acumulado dos últimos anos.

“Nós pedimos que reajuste pela inflação do período desses últimos quatro anos, que dá 24%. Os trabalhadores de saúde do hospital estão há 4 anos sem reajuste. Estamos pedindo para o Governo Federal, mas está tendo acordo. Além disso, a questão de não ser valorizado pelo trabalho que a gente fez na pandemia, também é o motivo da nossa greve”, destaca.

Além disso, outro motivo é a "briga" pela não redução da insalubridade. Segundo o secretário-geral do sindicato, eles recebem 27% sobre o salário-base de cada categoria, e o Governo Federal quer reduzir pra 20% sobre o salário mínimo.

Ainda de acordo com Goully, no hospital são cerca de 1 mil profissionais da saúde. Metade de cada setor vai participar do ato. Eles vão montar uma tenda e permanecer até o período da noite, sendo três equipes em cada turno; depois vão para a casa e retornam no outro dia. A greve é por tempo indeterminado.

Profissionais fazem greve usando nariz de palhaço, em frente ao Hospital Universitário (Foto: Marcos Maluf)
Profissionais fazem greve usando nariz de palhaço, em frente ao Hospital Universitário (Foto: Marcos Maluf)

Conforme nota enviada pelo Hospital, a Ebserh informou que a relatora do dissídio coletivo no TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, determinou o percentual mínimo de manutenção de trabalhadores, em seus respectivos locais de trabalho, na base de 50% (cinquenta por cento) em cada área administrativa e de 60% (sessenta por cento) para cada área médica e assistencial, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

“Diante do impasse nas negociações, a Ebserh peticionou no dia 10 de agosto, no próprio TST, pedido para análise dos ACT’s em curso, requerendo o julgamento imediato do dissídio coletivo, inclusive quanto aos ACTs em aberto”, completa a nota.

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