Sem procissão pela 2ª vez, igreja celebra 60 anos pedindo fim da pandemia

Sem procissão pelo segundo ano consecutivo, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima celebra 60 anos de festa em homenagem à santa nesta quinta-feira (13). Desta vez, o tema é especial. A comemoração será clamando pelo fim da pandemia da covid-19. “Esse é o centro das nossas orações deste ano, pela cura e fim da pandemia em toda humanidade”, declara o frei Cláudio Fumegalli.

Localizada na rua Frei Gregório, nº 537, no bairro Jardim Monte Libano, a programação da igreja começou às 7h de hoje, com uma missa. Às 9h teve a oração entre os fiéis e às 12h desta quinta inicia a Missa Santa.

“Vamos ter a coroação e consagração da Nossa Senhora. Hoje é o aniversário de 60 anos de festa da comunidade, é uma tradição que iniciou há muitos anos com fazendeiros que faziam leilões e batizados no local”, conta o frei.

Às 15h é a vez dos fiéis rezarem o Terço da Misericórdia. “Vamos orar pela cura. Perdemos muitos fiéis por conta da pandemia, três só de uma família. A cada três, quatro dias temos missa de sétimo dia. São de pessoas ligados à igreja”, diz o frei entristecido.

O terço de oração continua às 18h e meia hora depois tem a Santa Missa novamente. Diferente das festas anteriores que arrastava multidão, nesse ano a igreja pela segunda vez consecutiva, não realizará a procissão pelo bairro. “Por questão de segurança não faremos. Era um ponto forte da festa que não vai acontecer”.

A igreja está funcionamento seguindo as regras de biossegurança e com capacidade máxima de 40%. Devido a isso, os eventos também serão transmitidos on-line para os fiéis que não conseguirem participar da celebração presencialmente.

“Será transmitido pela página do Facebook. Caso não chova e também não faça muito frio, estamos pensando na possibilidade de realizar a Santa Missa ao ar livre, no pátio da igreja”, comenta o frei sobre a possibilidade da celebração ser aberta para que mais pessoas participem.

Santa -  As aparições de Nossa Senhora em Fátima começaram no dia 13 de maio de 1917, e tiveram como protagonistas três crianças que pastoreavam um pequeno rebanho, na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém.

Lúcia de Jesus, de 10 anos, e seus primos Francisco e Jacinta Marto, de 9 e 7 anos, respectivamente, saíram de casa após rezar o terço para brincar nas imediações, onde construíam uma pequena casa de pedras.

Enquanto mexiam nas pedras, viram uma luz brilhante, parecida com um relâmpago. Decidiram ir embora, mas foram surpreendidos por outro clarão, que logo se transformou em uma senhora segurando um terço branco.

A Senhora disse aos pastorinhos que era preciso rezar muito, convidando-os a voltar ao local durante cinco meses consecutivos, sempre no dia 13, no mesmo horário. Na última aparição, ocorrida no dia 13 de outubro, a santa foi vista por cerca de 70 mil pessoas.

Dezassete anos depois de João Paulo II ter beatificado Francisco e Jacinta, o Papa Francisco fará no dia 13 de maio, em Fátima, a cerimônia de canonização dos dois.

Tradição - A celebração a data é tradição em Campo Grande e já teve até bailão em 2017, ano do centenário de Nossa Senhora de Fátima.

Todo ano a data é comemorada de alguma forma e já teve almoço com os fiéis, shows e nesse ano conta com transmissão on-line.

Os fiéis podem acompanhar a programação da paróquia através da página PNS Fátima Pascom