Sem recursos, prefeitura levanta custo para retomar obras de 13 creches
Quando inaugurado, cada novo Ceinfs oferecerá 250 novas vagas; no total, 3,2 mil crianças sairiam da fila de espera
A princípio sem recursos para investir na retomada de 13 obras paradas de Ceinfs (Centros de Educação Infantil) em Campo Grande, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) está fazendo levantamento do quanto vai custar a conclusão das creches. Só então será definido um cronograma de retomada.
A informação é do secretário-adjunto de Infraestrutura, o engenheiro civil Ariel Serra. Ele explica que os recursos do governo federal para as construções foram esgotados. “Vamos ver em qual estágio esta obras foram paradas. Muitas sofreram depredações. A gestão anterior não cuidou e houve também furto de material”.
O secretário acredita que em dez dias o levantamento completo esteja definido e a secretaria poderá verificar a disponibilidade de recursos e estabelecer prioridades para concluir as construções.
Serra acredita que será difícil conseguir outra fonte de financiamento para as obras. Por isso, o término terá de ser alinhado com “fluxo de caixa” do município. “O recurso federal não aumenta, vem um valor fixo. Temos agora de realinhar [as contas]”.
As obras paradas estão nos bairros Jardim Noroeste, Jardim Centenário, Vila Popular, Zé Pereira, Jardim Inápolis, Tijuca 2, Vespasiano Martins, Oliveria 3, São Conrado, Nascente do Segredo, Jardim Talismã, Jardim Anache/Nova Lima e Jardim Radialista.
Vagas e fila de espera – Cada novo Ceinf garantirá a rede 250 novas vagas e a conclusão das obras tiraria 3.250 crianças da fila da espera. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) estima que o deficit atual seja de cerca de 6 mil vagas.
Desde o início do mês, a secretaria trabalha no recadastramento das 12.261 crianças inscritas na fila. Contudo, para o início do ano letivo de 2017, no dia 6 de fevereiro, estão garantidas 6.215 vagas.
A secretária municipal de Educação, Ilza Mateus de Souza, explica que a abertura das 6 mil vagas foi possível com as readequações feitas nas 99 Ceinfs existentes, uma vez que havia salas ociosas. “Temos aí muitos Ceinfs para inaugurar. Ceinfs em fase de acabamento”, também disse a titular da Semed sobre a solução para abrir mais vagas.