Sem-terra farão passeata amanhã em protesto à paralisação da reforma agrária
Trabalhadores sem terra e de acampamentos de Mato Grosso do Sul fazem passeata nesta terça-feira (2) pelas principais ruas de Campo Grande, a partir das 8 horas, passando pela Governadoria, Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Ministério Público Federal, INSS e Banco do Brasil, em protesto à paralisação quase por completo do processo de reforma agrária no Estado, há mais de dois anos.
“É o Grito da Terra Mato Grosso do Sul”, justificou Geraldo Teixeira de Almeida, presidente da Fetagri/MS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso do Sul).
Segundo Geraldo, a Fetagri resolveu antecipar o Grito da Terra Brasil, que será realizado dia 30 de maio em todo Brasil. “A situação aqui está insuportável. Tudo está praticamente parado.
As desapropriações foram suspensas e as obras que estavam sendo construídas nos assentamentos, principalmente as moradias, milhares delas, estão paralisadas e provocando instabilidade, insegurança e insatisfação das famílias”, disse.
De acordo com a Fetagri o objetivo é chamar atenção das autoridades e da opinião pública para os problemas que os trabalhadores rurais estão passando no Estado há mais de dois anos, quando estourou aqui denúncias de corrupção dentro do Incra.
A concentração está marcada na sede da Fetagri, na avenida Engenheiro Roberto Mange, quase esquina com a Salgado Filho. Eles querem pedir o apoio do governador André Puccinelli (PMDB) para acelerar o processo de reforma agrária em Mato Grosso do Sul.