Sem-terra fecham rua e geram reclamação de quem passava no local
Protesto começou na sede do Incra, em Campo Grande, com pelo menos 500 manifestantes
Pelo menos 500 integrantes do movimento sem-terra estão na frente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Campo Grande, nesta quarta-feira (18. Eles chegaram a bloquear o trecho entre a rua 25 de dezembro, onde fica o instituto, com a avenida Mato Grosso.
Em um dos momentos da manifestação, os sem-terra bloquearam a passagem de veículos entra 25 de dezembro e Mato Grosso. Os ânimos ficaram um pouco exaltados, já que motoristas não conseguiam passar pelas vias, se irritando com a situação. O trânsito já foi liberado
Conforme o coordenador estadual do MST (Movimento Sem Terra) em Mato Grosso do Sul, Ronildo Lopes de Lima, a manifestação faz parte de uma mobilização nacional. O dirigente estima "mais de 500" pessoas até agora no protesto, que começou por volta das 6h30.
Os manifestantes questionam a redução de investimentos previstos para reforma agrária em 2018 e pedem o cumprimento de uma série de projetos. De acordo com Ronildo, houve redução de R$ 630 milhões para R$ 750 mil.
Eles pedem, ainda, que o governo federal destine R$ 800 milhões para obtenção de terra; para infraestrutura, R$ 265 milhões e que na habitação, se cumpra o pagamento de projetos contratados e aprovados, que equivalem a R$ 1,4 bilhão.
Também consta na pauta o pedido de reconhecimento e indenização de terras quilombolas. Neste caso, o MST cita a necessidade de R$ 59 milhões.