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Capital

Servente que matou vizinho após briga por entulho é absolvido

Defesa apresentou a tese de legítima defesa que foi acolhida pelo Conselho de Sentença

Ana Paula Chuva | 20/04/2023 13:09
Israel sentando no banco dos réus durante julgamento nesta quinta-feira. (Foto: Juliano Almeida)
Israel sentando no banco dos réus durante julgamento nesta quinta-feira. (Foto: Juliano Almeida)

O servente de serviços gerais Israel Ferreira de Melo, 57 anos, acusado de matar a tiros o vizinho Adelson Oliveira dos Santos, passou por julgamento nesta quinta-feira (20) e acabou sendo absolvido do crime que aconteceu em 23 de agosto de 2019, no Bairro Jardim Monumento, em Campo Grande.

Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o crime aconteceu por motivo fútil. Já que a Israel fazia “bicos” carregando entulhos pela vizinhança e no dia do assassinato fez a coleta de uma reforma e colocou na calçada, em frente a construção de um imóvel da família da vítima.

Com isso, Adelson pediu que o vizinho fizesse a retirada dos escombros e depois de algum tempo, sem que os entulhos fossem recolhidos, a vítima foi até a casa do autor e então houve um desentendimento entre os dois.

Em certo momento da discussão, Israel sacou uma arma e atirou no vizinho, fugindo logo em seguida. Equipes da Polícia Civil e do socorro foram acionados, no entanto Adelson já estava morto.

Israel acabou prestando depoimento quase um mês depois do crime. Na ocasião, acompanhado por um advogado, o servente confessou o homicídio, mas alegou que a vítima invadiu sua casa enquanto estava dormindo, o enforcou e apontou uma arma para sua cabeça. Ele afirma que começou a pedir socorro e conseguiu segurar a mão de Adelson e efetuou um disparo.

Eles então entraram em luta corporal, momento em que Israel dominou a situação e tomou a arma das mãos de Adelson efetuando dois disparos contra o vizinho que gritou “Vou morrer, desgraçado. Tô morrendo”. O servente afirmou saiu correndo, jogou a arma na rua e foi para a casa de um amigo.

Hoje o servente sentou no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri e a defesa apresentou as teses de legítima defesa, homicídio privilegiado e afastamento da qualificadora de motivo fútil, caso fosse condenado. O Conselho de Sentença entendeu que Israel devia ser absolvido. A sentença foi assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

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