Servidores da Central do Cidadão param em protesto contra a Prefeitura
Servidores da Central de Atendimento ao Cidadão de Campo Grande cruzaram os braços em protesto ao corte de bônus. Com salário bruto de R$ 700, os 50 funcionários dos guichês de atendimento recebem bonificação mensal de R$ 306, que, eles afirmam, não foi incluído na folha de pagamento do próximo mês, já fechada.
Ontem, quando a Prefeitura fechou a folha de pagamentos, eles descobriram que o valor não foi adicionado à remuneração. “A gente ficou sabendo por azar. Senão, no dia 4, na hora de pagar as contas, a gente não tinha dinheiro”, reclama uma servidora, que não quis se identificar, temendo retaliação.
Outra servidora relata que com o benefício recebe R$ 860. “Com o desconto de plano de saúde, previdência, passe de ônibus, vai cair R$ 490 na minha conta”, afirma a mulher, também sob condição de anonimato.
De acordo com ela, o secretário de Receita, Gustavo Freire, que também acumula a secretaria de Governo e Relações Institucionais, pediu ontem que os servidores colaborassem, mas não deu prazo para resolver o problema. A proposta é que a bonificação seja garantida não por decreto, mas por projeto de lei.
O secretário de Administração, Ricardo Ballock, afirma que não procede a informação do corte da vantagem. “Vou saber o que está acontecendo”, declarou. Ele está na Central do Cidadão e vai se reunir com os servidores.
Os atendentes pretendem fazer paralisação de um dia. A maioria não compareceu ao trabalho. O local abre para o público às 8h. Com dez minutos de atraso, as 7h40, um guarda municipal começou a distribuir senhas para as 20 pessoas da fila.
Na Central do Cidadão, as pessoas podem consultar débitos e regularizar pendências com a Prefeitura.
