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Capital

Servidores do HU entram em greve, com escala para manter serviços

A decisão de paralisar é para pressionar o poder público a melhorar negociação salarial

Por Maristela Brunetto e Clara Farias | 02/05/2024 09:33

Servidores montaram tenda no pátio e cobram avanço em negociação salarial com governo federal (Fotos: Marcos Maluf)
Servidores montaram tenda no pátio e cobram avanço em negociação salarial com governo federal (Fotos: Marcos Maluf)

Administrativos e profissionais da área técnica do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) iniciaram hoje greve para forçar a Ebserh (Empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) a melhorar a proposta salarial. Hoje, um grupo de cerca de 40 pessoas começou a movimentação em uma tenda montada no pátio do hospital, logo após a guarita de acesso.

Eles cobram a melhoria da proposta de negociação apresentada pela Ebserh (Empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que ficou em 2,15%, abaixo da inflação, que está na casa dos 4% nos últimos doze meses. A reivindicação salarial inclui elevação do tíquete alimentação, que subiria de R$ 14 para R$ 15 o dia. A Ebserh é a empresa federal que administra um grupo de 42 hospitais universitários. O ligado à UFGD é um deles e também aderiu ao movimento.

“Serão 50% da área administrativa, 50% das áreas de enfermaria, onde os pacientes não correm risco de vida diretamente nessas áreas. Onde tem um risco de vida, a gente colocou um quantitativo de 70% em funcionamento”, explica o presidente do Sindserh-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares no Mato Grosso do Sul), Wesley Cassio Goully, sobre a paralisação, em respeito aos limites de impacto nos serviços. Esse percentual maior é para setores como CTI, UTI e obstetrícia.

Ele apontou que há preocupação com a situação de saúde pública em Campo Grande, diante do decreto de emergência por surto de doenças respiratórias, mas os servidores não podem deixar de marcar posição em defesa da pauta salarial. “Existe nosso movimento, e estamos preocupados né, com o decreto de calamidade, mas a gente precisa estar atuando no sentido de ter algum Impacto para o governo entender que a gente precisa ser valorizado, né?”, argumentou.

O grupo fez uma escala de greve, para manter servidores no movimento e outros em serviço no hospital. Para dar mais visibilidade, eles pretendem transferir a tenda do pátio para a calçada em frente do HU. Esta manhã, a movimentação de pacientes e familiares ocorria normalmente em meio à mobilização dos funcionários do hospital.

Goully diz que o grupo pode defender outras medidas caso não haja avanço em tratativas sobre as reivindicações. “Caso o Governo não faça algum movimento de valorização dos trabalhadores da saúde, nós pretendemos conversar com a administração local sobre o fechamento de alguns leitos não prioritários, paralisação de cirurgias não eletivas, mas isso só ocorrerá se não tivermos um movimento do governo, explicou.

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