Sexto envolvido em morte no “tribunal do crime” é preso pelo Choque
Outros quatro homens estão presos, e um adolescente apreendido, por envolvimento do assassinato
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Campo Grande prenderam na manhã desta quarta-feira (31) Marcio Aurélio Nascimento, apontado pela polícia como um dos envolvidos no “tribunal do crime” que terminou na morte de Bruno Schon Pacheco, de 28 anos, na segunda-feira (29).
Conforme boletim de ocorrência, os policiais chegaram ao suspeito após denúncias de que ele estaria em uma casa na Rua Aucélio Souza de Castro, no Jardim Los Angeles. Marcio foi encontrado pelas equipes a poucos metros do local e assim que percebeu a presença da viatura correu para dentro da residência.
Ele foi seguido e ao ser abordado, jogou o celular no chão, quebrando o aparelho. Marcio foi detido e os policiais descobriram que ele estava foragido do sistema penal. Aos militares confessou ter participado da erradiação, termo usado pelos bandidos para se referir a conferência que decide ou não pela morte, de Bruno.
Preso, Marcio foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga. Outros quatro homens estão presos, e um adolescente apreendido, por envolvimento do assassinato.
Denilson Ramires Cardozo, Marcelo Leandro Barbosa Gotardo, Carlos Eduardo Osório Martins, Igor de Oliveira Porto e o adolescente de 17 anos, foram presos na noite de ontem por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) da Polícia Civil.
Prisões – Segundo informações do GOI, Denilson foi o primeiro a ser preso. Ele estava em uma das casas para onde a vítima foi levada e julgada pelos criminosos no dia do crime. Em seguida os investigadores chegaram até Marcelo. Ele teria levado a vítima até o cativeiro em um veículo Volkswagen Golf. Carlos era o dono do carro e também foi preso.
Por último, os policiais foram até um dos cativeiros em que Bruno ficou, uma residência no bairro Paulo Coelho Machado. Lá encontraram Igor e o adolescente de 17 anos.
Para a polícia, Bruno foi morto porque devia dinheiro ao PCC (Primeiro Comando da Capital). No dia 2 deste mês, ele chegou a ser sequestrado e mantido refém em uma casa na Rua Souto Maior, no Tijuca, mas foi resgatado pela Polícia Militar.
Bruno é dono de uma extensa ficha criminal, com passagens por roubo, tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Ele ainda é filho Wild Pacheco, condenado por assassinar o policial federal Fernando Luís Fernandes, no dia 13 dezembro de 1989, em Campo Grande. O suspeito só foi preso 26 anos depois do crime.