Simulação com "vítima desacordada" alerta para riscos de colisão em poste
A ação faz parte da Semana de Trânsito e aconteceu na Rua Cubatão com a Avenida Ernesto Geisel
Quem passou pela Rua Cubatão no cruzamento próximo à Avenida Presidente Ernesto Geisel, no bairro Jardim Joquei Club, em Campo Grande, se deparou com um cenário inusitado. Havia poste caído, trânsito interditado, carro batido, Corpo de Bombeiros e uma vítima desacordada. Porém, tudo isso era somente uma simulação que alertava sobre os riscos de colisão em poste de energia elétrica.
A ação faz parte da Semana de Trânsito e é uma parceria firmada entre Energisa, Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Shopping Norte Sul, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Corpo de Bombeiros. A simulação começou por volta das 10h.
Esse tipo acidente atingindo poste aumentou em torno de 4%, considerando o mesmo período de janeiro a agosto de 2024 para janeiro a agosto de 2023. No ano de 2024 foram 74 ocorrências até o momento de janeiro a agosto.
Para montar o cenário, o trânsito precisou ser interditado totalmente na Rua Cubatão. O veículo, uma Fiat Strada chegou ao local já com danos na frente, para-brisa dianteiro quebrado e pneus murchos. O poste usado na simulação não faz parte da rede elétrica, veio de caminhão e foi quebrado com uma marreta.
O coordenador de Construção e Manutenção da Energisa, João Ricardo detalhou que a ideia era ter um cenário de grande impacto. "Demonstrar o impacto que isso causa no fornecimento de energia elétrica também, reforçar os cuidados, o que tem que ser feito em uma situação como essa, que muitas vezes a gente acaba fazendo na emoção, só que precisa de fato ter um cuidado em alguns procedimentos".
Durante a simulação, ele falou que o procedimento de resgate foi feito de forma errada sem desligar a rede elétrica antes. "Para fazer o resgate, a energia precisa chegar ao local com as suas equipes, fazer os procedimentos de desenergizar a rede, é o mais importante, para que não haja nenhum risco, tanto para a vítima quanto para o Corpo de Bombeiros, enfim, que vai fazer o resgate".
João Ricardo complementou que o prejuízo é grande, desde a interrupção no fornecimento de energia de um bairro, hospitais e o risco de morte ao motorista. O custo de reparo está em torno de R$ 7,5 mil e é direcionado ao motorista infrator.
O segundo tenente do Corpo de Bombeiros, Paulo Lima detalhou que a ideia é fazer o resgate da vítima da maneira mais rápida. "A partir do momento que a Energisa chega, isola o local e nos informa que não há mais um perigo de choque elétrico naquele local, a partir dali nós começamos a atuar para fazer o melhor salvamento possível da vítima e o transporte de maneira mais adequada".
O bombeiro reforçou que, muitas vezes, a população se concentra apenas na vítima e tenta ajudar sem perceber o risco de eletrocussão, o que pode agravar a situação. O isolamento elétrico deve ser feito por profissionais da companhia de energia, como a Energisa. O Corpo de Bombeiros é muitas vezes acionado primeiro e também se encarrega de chamar a equipe de energia para realizar esse isolamento.
Casos envolvendo veículos ou motociclistas e fios elétricos são especialmente perigosos, pois o contato com a fiação pode causar choques em cadeia se as pessoas tentarem socorrer sem as devidas precauções. Os simulados são ferramentas importantes para melhorar o tempo de resposta e garantir uma atuação segura e eficiente.
A orientação para quem se deparar com um acidente envolvendo a rede elétrica é ligar para os números de emergência como o 193 (Corpo de Bombeiros) e aguardar os procedimentos citados.
Confira a galeria de imagens:
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