Sindicato tenta adiar volta às aulas no sistema presencial em Campo Grande

A ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) enviou um ofício à prefeitura de Campo Grande solicitando que aulas na Reme (Rede Municipal de Ensino) permaneçam no sistema remoto até que todos os professores completem o ciclo de imunização contra a covid-19. Os alunos, em regime de escalonamento, voltam às escolas de forma presencial em 26 de julho.

No documento, assinado pelo presidente do sindicato, Lucílio Nobre, é relatado que nem todos os docentes receberam a segunda dose de uma das vacinas, além de ainda não terem completado o período mínimo de 15 dias para efetiva proteção.

Ao Campo Grande News, a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, informou que o calendário será mantido.

Ontem, durante visita à Campo Grande, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga defendeu que não é necessário que todos os professores estejam vacinados para o retorno as aulas. "Unicef, UNESCO e OMS já se manifestaram a cerca desse ponto de vista. Daqui a pouco o professor vai dizer 'só vou quando todos alunos tiverem vacinados', aí depois 'só vou quando o pai de aluno tiver vacinados'. A consequência disso é 2 anos os alunos fora da escola", reclamou.

Preparativos - As escolas municipais já estão se preparando para receber os alunos. Para aqueles alunos que voltarem às aulas na escola, serão 3 horas de aula por dia na semana presencial, com intervalo de duas semanas de aulas remotas.

Além disso, os pais deverão assinar um termo de compromisso mesmo que decidam não enviar os filhos à escola. No documento, os responsáveis legais precisam garantir que o aluno não pertence a nenhum grupo de risco e observar se o filho não tem sintomas gripais e assim não levá-lo para a escola.

Serão disponibilizadas máscaras e álcool em gel nas unidades escolares para os alunos. O intervalo estará suspenso e as aulas de Educação Física serão ministradas em sala de aula.