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Capital

"Sobrecarregadas", assistentes infantis cobram e prefeitura promete concurso

Manifestantes também pediram reajuste salarial e vão discutir assunto em reunião após o Carnaval

Por Caroline Maldonado e Clara Farias | 07/02/2024 12:04

Assistentes de educação infantil fizeram manifestação em frente à Prefeitura de Campo Grande na manhã desta quarta-feira (7), reivindicando reajuste salarial e melhorias, pois alegam estar trabalhando sobrecarregadas com pouco pessoal, além de acumular função atendendo também estudantes com dificuldades de aprendizagem, que deveriam ser atendidos por assistente educacionais inclusivos. Eles reuniram mais de 700 pessoas, representando a categoria que tem mais de 2 mil funcionários, a maioria mulheres.

Duas representantes foram atendidas pelo secretário de Governo e Relações Institucionais, João Rocha. Os assistentes pretendem se reunir novamente no Paço Municipal no dia 15 deste mês, dia de volta às aulas da rede municipal. Em nota, a Prefeitura de Campo Grande informou que "o grupo vai participar da elaboração do edital do processo seletivo para contratação dos profissionais".

Atualmente, o salário dos assistentes é de R$ 1,5 mil bruto e com os descontos, eles recebem entre R$ 1,2 mil e R$ 1,3 mil. A assistente Sandra Mara Trindade, de 51 anos, conta que a categoria precisa de muitas melhorias.

“A nossa reivindicação é a melhoria do trabalho. Tem que ter um olhar especial para a nossa categoria que há muito tempo está defasada. Nós ficamos, às vezes, com 25 ou até 30 crianças em uma sala e apenas 3 assistentes. Ficamos até com crianças especiais que não possuem laudo e não conseguimos provar que tem alguma deficiência, mas sabemos que tem”, explicou Sandra.

A assistente destaca que o Assistente Educacional Inclusivo, que deve atender alunos com dificuldade de aprendizagem, recebe valor superior a R$ 1,5 mil. Outras assistentes fizeram as mesmas queixas, mas preferiram não se identificar.

Elas reclamam também por maior abrangência da assistência do plano de saúde dos servidores, pois alegam que os contratados não podem mais fazer cirurgias com a cobertura do plano. Além disso, querem que a prefeitura passe a aceitar atestados de acompanhamento dos filhos em consultas médicas.

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