Solução para Cidade de Deus só depende da prefeitura, afirma Energisa
A direção da Energisa, concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, afirmou nesta manhã (15) que só a Prefeitura de Campo Grande pode resolver o problema de fornecimento de energia para a favela Cidade de Deus.
De acordo com Marcelo Rocha, diretor presidente da empresa, há duas maneiras para que a questão seja resolvida: uma delas é a prefeitura assumir a responsabilidade da ligação, da mesma forma como foi feito na favela Portelinha, ou transformar a Cidade de Deus em um loteamento.
Conforme o diretor, caso a prefeitura opte pela primeira alternativa, a empresa irá instalar um único padrão para o fornecimento geral de energia, com isso os moradores terão que fazer uma gambiarra para ter energia em casa. “ Nessa forma continua o risco de incêndio e quem paga a conta de luz é a prefeitura”, explicou Rocha ressaltando que o padrão pode ser instalação imediatamente caso a prefeitura assine um termo de responsabilidade. “ A Energisa não vai religar enquanto a prefeitura não se responsabilizar. Se essa for a escolha em 30 minutos já está resolvido”.
A outra alternativa apresentada pelo diretor é de que a favela seja transformada em loteamento residencial, desta maneira é possível a instalação de padrões de luz em cada residência e assim a responsabilidade do pagamento da conta é do morador.
No sábado, o prefeito Gilmar Olarte (PP) repassou aos moradores dois geradores de energia, que foram doados por empresários, já que os moradores da Cidade de Deus, localizado no bairro Dom Antônio Barbosa, estavam sem energia elétrica desde quinta-feira.
Hoje, às 14 horas, diretores da Energisa terão uma reunião na prefeitura para que seja tomada decisão sobre o problema.
Moradores da favela estão desde às 7 horas desta segunda-feira acampados em frente a sede Energisa, na saída para São Paulo. Eles protestam contra o corte de energia elétrica e afirma que não irão sair enquanto um representante da prefeitura não vá até o local.
Como os moradores bloquearam a entrada da empresa, os funcionários foram liberados para ir embora. A Energisa entrou na justiça para que o acesso ao prédio seja liberado.