Supermercado diz que carne com mosca não ficava exposta para clientes
Por conta da demora da liberação do alvará de manipulação, a empresa começou os trabalhos mesmo sem permissão
Após dono do Supermercado Prime ser preso, empresa diz que carne com mosca e impróprias para o consumo não estavam à disposição dos clientes. A prisão aconteceu na última terça-feira (25), por manipulação e armazenamento de charque e linguiça caseira de forma irregular, em um espaço que está com obra inacabada e acumula entulhos.
Em nota de esclarecimento enviada no início desta tarde para o Campo Grande News, a assessoria jurídica da empresa confirmou que o supermercado não possuía alvará de manipulação, mas afirmou que a solicitação do documento foi feita em junho de 2022, sem resposta até agora.
Culpando o município, o advogado diz que por conta da demora da liberação do documento, o supermercado começou os trabalhos mesmo sem ter permissão. Ainda foi dito que o material só foi apreendido pela falta do alvará. Também foi afirmado que a empresa seguia os procedimentos legais, com profissionais qualificados.
Apesar de as carnes não serem clandestinas, o comerciante não tinha registro no SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e nem alvará da Vigilância Sanitária para fabricar e manusear o charque e a linguiça caseira.
Para que o Supermercado Prime volte com as atividades do açougue, a equipe jurídica do estabelecimento está trabalhando para a liberação da licença. “ Lamentamos imensamente o ocorrido e já tomamos todas as medidas de segurança para o fiel cumprimento legal”, encerra a nota.
Apreensão - Ao todo, foram apreendidos 615 kg de carne, sendo 421,9 kg de linguiça, 84,8 kg de frango, 55,7 kg de charque, 50,8 kg de carne bovina e 2,4 kg de tripa. Os alimentos estavam com mosca e expostas a bactérias e germes.
O empresário Diorgenes Michene Vilela Farias, de 32 anos, preso pela Decon (Delegacia do Consumidor), passou por audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (26), e teve a prisão em flagrante convertida em liberdade provisória.
A liberdade do empresário foi assinada pelo Juiz Valter Tadeu Carvalho, o magistrado colocou algumas condições para homologar a soltura, o autor não pode se ausentar da residência por mais de oito dias de casa sem comunicar o Poder Judiciário e manter telefone e endereço sempre atualizados.