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Capital

Supermercados acatam decisão da Justiça e não abrirão em 1º de maio

Nyelder Rodrigues | 26/04/2017 19:53
Entidade que representa os supermercados decidiu que estabelecimentos não vão abrir no feriado (Foto: Arquivo)
Entidade que representa os supermercados decidiu que estabelecimentos não vão abrir no feriado (Foto: Arquivo)

Os empresários supermercadistas decidiram acatar a decisão judicial que impede a abertura dos estabelecimentos em Campo Grande durante a próxima segunda-feira, no feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador. A determinação da Justiça Trabalhista atende pedido do sindicato dos trabalhadores do setor.

Para avaliar a situação, membros do Sindsuper (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande), que representa os patrões, se reuniram nesta tarde de quarta-feira (26), decidindo não recorrer contra o parecer da Justiça.

"Vamos cumprir e não abrir as portas. Sabemos que quem vai perder é a população, mas estamos atendendo a ordem judicial e não vamos recorrer. É um prejuízo muito grande, principalmente à população, aos funcionários, que deixarão de receber o adicional por trabalhar no feriado, além da folga", comenta o diretor do Sindsuper, Adeilton do Prado.

O gestor ainda explica que cada funcionário recebe R$ 60 por feriado trabalhado, e se multiplicado esse valor sobre os 10 mil funcionários do setor existentes na Capital, somasse R$ 600 mil injetados na economia local em apenas um dia.

"Para nós, é uma atitude [do sindicato dos trabalhadores] que não atende aquilo que os próprios funcionários querem, o que as pesquisas nas lojas dizem que eles querem, que é trabalhar no feriado, receber o extra e ganhar mais uma folga. Mas não abrindo segunda vamos demonstrar o prejuízo que isso causa. Orientamos a todos que fechem as portas", frisa Adeilton.

Entrave – A ação que culminou na sentença desta quarta-feira foi protocolada pelo sindicato que representa os funcionários dos supermercados, o SecCG (Sindicado dos Empregados no Comércio de Campo Grande).

Normalmente, entre maio e abril são firmados acordos coletivos que estabelecem em quais recessos os empregados podem ser convocados para trabalhar durante o ano e sob quais vantagens, normalmente em troca de folga e vale compra.

O problema é que neste ano as negociações não chegaram ao consenso principalmente em razão do reajuste pleiteado pela categoria, de 5,45%. Os patrões chegaram a oferecer aumento de 0,5% (cerca de R$ 4,75) e depois 2,5%. Atualmente o salário-base da categoria é R$ 990.

Além disso, os supermercados queriam tirar a folga dos funcionários pelo trabalho em feriados. Na sexta-feira (21), feriado de Tiradentes, alguns estabelecimentos abriram as portas mesmo sem decisão que embasasse a medida.

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