Tomógrafo que fazia 900 exames ao mês espera repasse de R$ 600 mil para conserto
Governo do Estado já garantiu metade do valor, mas hospital espera Prefeitura conseguir emenda parlamentar
A peça que deve ser importada dos Estados Unidos e custa mais de R$ 600 mil para o aparelho que faz exames de tomografia no HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) será comprada com recursos do Governo do Estado e emendas a serem viabilizadas pela Prefeitura da Capital. Com a peça do aparelho queimada, os pacientes têm que fazer os exames em outros hospitais, que não conseguem suprir a demanda.
Segundo o HCAA, o Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria Estadual de Saúde), já se dispôs a arcar com metade do valor.
O hospital informou que aguarda um posicionamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) quanto ao repasse da outra metade do valor.
Ao Campo Grande News, a Sesau respondeu, por meio de nota, que “está buscando recursos extras provenientes de emendas parlamentares para viabilizar o conserto”. A secretaria lembra ainda que mantém os repasses para o Hospital de Câncer em dia.
“A Sesau esclarece que é sensível às necessidades de todas as instituições hospitalares e prestadores de serviços e que sempre manteve o diálogo aberto visando a manutenção da assistência da população. Cabe destacar que o serviço de tomografia continua sendo realizado por outras unidades hospitalares não havendo, portanto, prejuízos aos pacientes”, finaliza a nota.
Há quase um mês, quando o aparelho estragou, o hospital informou que realizava, em média, 40 tomografias por dia e 900 por mês.
Para atender os pacientes que fazem tratamento de câncer, a alternativa está sendo buscar parceria com demais unidades de saúde da Capital, como o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Santa Casa de Campo Grande e Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), mas a diretoria afirma que, ainda assim, os aparelhos desses hospitais não têm sido suficientes para suprir a demanda de exames.