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Capital

Toque de recolher de 17 meses acaba após 32 mil fiscalizados na Capital

Desde março do ano passado, 507 empresários foram notificados por desrespeito às regras contra a pandemia

Ângela Kempfer | 23/08/2021 09:44
Imagem do fim de tarde em Campo Grande. (Foto: Gabriel Marchesi)
Imagem do fim de tarde em Campo Grande. (Foto: Gabriel Marchesi)

Foram 17 meses de uma rotina até então inimaginável em Campo Grande. O toque de recolher começou em 21 de março de 2020 e seguiu até a madrugada desta segunda-feira (23). Foi uma das medidas ininterruptas mais longas do País.

Em Mato Grosso do Sul, o decreto veio depois, em dezembro de 2020, mas também acabou hoje. Na Capital, os 17 meses sem poder zanzar pela madrugada, surgiram como forma de reduzir os acidentes que, normalmente, lotavam as emergências dos hospitais.

Nesse tempo, a Guarda Metropolitana trabalhou em regime diferente, ao lado de Vigilância Sanitária e Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana), para fazer cumprir o decreto municipal.

Em números, é possível perceber o quanto a ação foi árdua. Por dia, os registros oficiais apontavam média de 64 locais fiscalizados, mesmo montante de ligações diárias com denúncias de aglomerações, feitas por telefone.

Do total de 32.745 locais vistoriados, apenas 507 acabaram notificados, quase 1 por dia desde o início do toque de recolher.

Apesar das imagens divulgadas ao longo desse tempo mostrarem centenas de episódios de desrespeito ao toque de recolher, o número de interdições na Capital parece tímido: só 171 estabelecimentos foram lacrados. Outras 263 festas tiveram de ser encerradas por força policial.

A última fiscalização do toque de recolher, na madrugada de ontem, indica que a rotina parece ter voltado ao normal. A Guarda flagrou 250 pessoas nas ruas e 13 estabelecimentos atendendo após o horário de restrição.

A Santa Casa de Campo Grande entra nessa nova fase da Capital já superlotada. Referência em atendimento de acidentados, no Pronto-Socorro, há 24 pacientes internados na área vermelha, 4 em ventilação mecânica. "Lembrando que a capacidade máxima é de 6 leitos. Na área verde, temos 33 pacientes no setor, sendo que a capacidade máxima é de 7 leitos, dos pacientes que estão ali, 33 são internados e aguardam leitos em enfermaria", afirma o hospital.

Nesta segunda-feira, 588 pacientes estão internados na Santa Casa pelo SUS, "ou seja, com 45 pacientes a mais da nossa capacidade. E a ocupação de leitos de UTI geral adulto é de 100%", alerta a direção.

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