Traficantes que participavam de esquema com meta de produtividade são presos
Outros dois alvos da Operação Processo, realizada pela Denar no última quarta-feira, foram encontrados pela polícia nesta manhã
Outros dois alvos da Operação Processo, que desarticulou uma quadrilha de traficantes que dominavam a venda de drogas na região sul de Campo Grande, foram presos na manhã desta sexta-feira (21) por equipes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).
José Severiano da Silva Neto, o Zé Neto, e Cristiano de Aguiar da Silva, conhecido como Buiu Branco, estavam na lista dos cinco foragidos com mandados de prisão preventiva decretada pela justiça durante as investigações que resultaram na operação e foram encontrados nesta manhã.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na casa dos suspeitos. Com Cristiano os policiais ainda apreenderam um revólver calibre 38, R$ 7,8 mil em dinheiro e três veículos - uma caminhonete Chevrolet Silverado, um Renault Sandero e uma motocicleta Honda CG 160 Titan.
Entenda - A operação foi deflagrada na quarta-feira, dia 19 de dezembro, para cumprir nove mandados de prisão. Na data, quatro alvos foram encontrados e outras sete pessoas foram presas em flagrante.
Entre os presos, os três cabeças do esquema de tráfico de drogas. Thiago Paixão de Almeida é apontado pela polícia como líder do tráfico no Portal Caiobá. Com ele foram encontrados encontrados R$ 3,7 mil, US$ 300,00, um quilos de pasta base, duas armas, uma delas, pistola Glock 9 mm, de uso restrito com 17 munições, além de apetrechos para preparo da cocaína.
Durante as investigações, a delegacia especializada ainda descobriu que Thiago é dono de dois imóveis em condomínio de luxo em Balneário Camboriú (SC) e tem uma renda mensal de até R$ 750 mil, cerca de R$ 25 mil ao dia.
Além de Thiago, foi presa a sócia dele, Marília Freitas Teixeira - responsável por cobrar metas de produtividade na embalagem da cocaína e contratar advogados para os comparsas presos - e o gerente do esquema, Henrique Dias Rodrigues, que recebia o dinheiro e cuidada das contas dos dois sócios.
Os comparsas mantinham laboratório de manipulação da droga que funcionava regularmente na região do Caiobá. A droga era embalada em forma de gota, uma “assinatura” do traficante e uma forma de controlar a presença de outros vendedores da droga na região comandada por ele e Marília Teixeira.
A estimativa é que o grupo lucrava de R$ 20 a R$ 25 mil por dia, uma renda total que chegava a R$ 750 mil por mês. Vários documentos de compra e venda de imóveis também foram apreendidos pela polícia. As investigações apontaram ainda que Thiago levava um padrão de vida simples em Campo Grande, mas ostentava fora do Estado: é proprietário de dois imóveis em Balneário Camboriú, onde passaria as festas de fim de ano.