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Capital

Tribunal manda prender mulher que raptou bebê de maternidade em 2010

Sequestradora respondia pelo crime em liberdade, mas foi condenada a um ano e oito meses de reclusão

Anahi Zurutuza | 15/07/2016 16:14
Regina foi presa horas depois de raptar o bebê (Foto: Arquivo)
Regina foi presa horas depois de raptar o bebê (Foto: Arquivo)

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul manteve, por unanimidade, a condenação da dona de casa Regina Celia Gomes, 45, que raptou um bebê da maternidade do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande. Ela confessou o crime e alega que teve gravidez psicológica, mas a versão da acusação na época era de que a ré teria perdido um bebê no terceiro mês de gestação e forjado a gravidez até o fim, quando precisou encontrar um recém-nascido para manter a farsa. O objetivo era não perder o marido.

O crime aconteceu no dia 6 de setembro de 2010. Mas, Regina respondia o processo criminal contra ela em liberdade desde fevereiro de 2011.

Em 2012, a mulher foi condenada a dois anos e oito meses de reclusão no regime semiaberto. Contudo, a Defensoria Pública recorreu da decisão, e enquanto a sentença final não fosse dada, ela poderia ficar em liberdade, conforme a decisão dada há quatro anos.

Nesta semana, a 1ª Câmara Criminal do TJ-MS decidiu manter a condenação de Regina Celia, mas reduzir a pena para um ano e oito meses de reclusão em regime semiaberto.

Confissão – Tanto para a polícia, quanto para a Justiça, a ré confessou o crime. No depoimento, ela contou depois de descobrir que sua gravidez era psicológica, saiu de casa a fim de encontrar um bebê do sexo feminino, porque um suposto ultrassom que ela teria feito antes do aborto mostrou que ela esperava uma menina.

Os pais da criança e um funcionário do hospital foram ouvidos pela polícia e disseram que Regina se aproveitou do momento em que mãe do bebê dormia e tirou a criança do hospital.

O caso – Regina saiu do HU pela porta da frente, conforme matérias veiculadas pela imprensa na época.

A sequestradora tentou contratar um mototaxista em frente ao hospital. Diante da recusa do profissional, ela foi de táxi até o posto de saúde do bairro Coronel Antonino – no norte da Capital.

De lá, a mulher conseguiu encaminhamento de uma assistente social e foi levada de ambulância até o posto das Moreninhas – no sul da cidade. Depois de ser consultada, ela foi interceptada pela PM (Polícia Militar) quando andava pela rua horas depois do rapto, e foi encaminhada ao Presídio Feminino de Campo Grande.

Conforme apurou o Campo Grande News naquele ano, Regina tinha feito o enxoval para o bebê “que esperava”. A mulher já havia sido presa por tráfico de drogas e tem três filhos homens, mas nenhuma menina.

Laudos anexados ao processo atestam que Regina sofre de sérios transtornos mentais.

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