Juíza nega liberdade a mulher que sequestrou bebê no HU
A juíza de direito da Vara da Infância, Juventude e do Idoso, Katy Braun do Prado, negou o pedido de liberdade provisória da defesa de Regina Célia Gomes, 30 anos, presa desde 06 de setembro, quando roubou um bebê recém-nascido do HU (Hospital Universitário).
Na decisão de 09 de novembro, a juíza explica a ré "possuir bons antecedentes e residência fixa, não são suficientes para a concessão da liberdade requerida".
A juíza ainda ressalta que "a autoria e a materialidade estão comprovadas nos autos; a garantia da ordem pública precisa ser observada, vez que analisadas as circunstâncias reprováveis em que se deu a prática do crime, vislumbra-se necessária medida mais enérgica do Poder Judiciário; o asseguramento da lei penal, precisa ser observado; inexiste o fato novo, elemento necessário à concessão da liberdade provisória requerida".
No dia 06 de setembro, Regina foi autuada em flagrante por sequestro qualificado porque a vítima tem menos de 18 anos.
A mulher, que há cinco anos foi presa por tráfico de drogas, tem três filhos homens, mas nenhuma menina. Ela forjou uma gravidez porque perdeu um bebê aos três meses de gestação.
Regina decidiu levar a farsa adiante para não perder o marido. Apesar de alegar que não planejou a ação, ela começou a fazer o enxoval há três meses.
Depois de sair da maternidade do HU, a sequestradora tentou contratar um mototaxista em frente ao hospital. Diante da recusa do profissional ela foi de táxi até o posto de saúde do bairro Coronel Antonino.
De lá, a mulher conseguiu encaminhamento de uma assistente social e foi levada de ambulância até o posto das Moreninhas. Depois de ser consultada, ela foi interceptada pela Polícia Militar quando andava pela rua.
Regina está no presídio feminino de Campo Grande.