Troca de mensagens com traficante levou ex-sargento à prisão em operação
Defesa garante inocência de Thiago e alega que conversas eram sobre denúncia de informante
Conversa entre Thiago de Souza Martins e um traficante preso no dia 21 de julho, identificado como Luiz Henrique, através do whatsapp, foi o motivo do ex-sargento ser preso durante a operação "Magnu Manu", deflagrada na manhã desta quarta-feira (24) pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar. O outro militar preso foi identificado apenas como Alisson.
"Raramente eu falo isso, mas nesse caso eu já adianto, ele é inocente, não tem participação nenhuma e nem ligação com o rapaz que foi preso com a droga", explicou o advogado Gledson Alves de Souza, responsável pela defesa do ex-sargento. De acordo com ele nada foi encontrado na casa de Thiago durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.
Os celulares de Thiago e Alisson foram apreendidos pela corregedoria e vão passar por perícia. "No celular do Thiago tem mensagens com o Luiz Henrique, mas o contato foi feito única e exclusivamente porque o Luiz queria entregar esse local onde havia droga", disse Gledson.
Segundo o advogado, dias antes de ser preso por tráfico, o homem enviou mensagem para Thiago falando que tinha droga em um certo local e mandou a localização para o ex-sargento. "Meu cliente não chegou a ir no local, porque no dia não tava em serviço. Vamos buscar liberdade provisória, acreditamos que não existem elementos suficientes para mantê-lo preso e vamos comprovar que ele é inocente", explicou o advogado.
Mesmo expulso da PM no dia 15 de agosto, Thiago foi levado para o Presidio Militar, já que na época da ocorrência ele ainda estava na corporação. A defesa alega que vai pedir a liberdade dele, nem que seja com medidas cautelares, como uso de tornozeleira ou recolhimento noturno.
Conforme Gledson, o outro policial, Alisson, foi ouvido sem acompanhamento de advogado e exerceu o direito de permanecer em silêncio. Os dois vão passar por audiência de custódia na manhã de quinta-feira, onde o juiz vai decidir se eles permanecem presos ou não.