Um ano depois, dois vão a júri por matar funileiro depois de furtar cartão
Investigação mostrou que os assassinos gastaram R$ 1,6 mil em compras no nome da vítima, Adimilson Estácio
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Vão a júri popular, em data a ser marcada ainda, os dois homens que, em primeiro de abril do ano passado, mataram o funileiro Adimilson Estácio, mde 44 anos, e usaram o cartão do banco dele para fazer compras no valor de R$ 1,6 mil.
O juiz responsável pelo caso, Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, entendeu haver indícios suficientes para que Jorge Augusto Nogueira de Oliveira, o "Jorginho", de 32 anos, e Alex Gonçalves de Oliveira, de 25 anos, sejam julgados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A sentença é do dia 25 de março e, agora, está transcorrendo o prazo de citação tanto da defesa quanto da acusação.
Se houver recurso, haverá o julgamento a respeito, e disso dependem os próximos andamentos. Se a pronúncia dos réus for mantida, o juiz marcará o julgamento, quando ouvir acusação, defesa, e réus são ouvidos na frente do júri de sete pessoas. Elas definem se o acusado é culpado. O juiz aplica a pena conforme a previsão legal.
Desaparecimento- A vítima ficou duas semanas sumida. O corpo foi achado enterrado em área próxima a córrego do município de Rochedo, a 74 quilômetros da Capital. Os assassinos ainda jogaram a moto da vítima no leito do manancial.
Foi preciso uma operação com auxílio dos bombeiros para retirar a motocicleta.
Durante o desaparecimento do funileiro, a família chegou a protestar em frente à DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), responsável pela procura de Ademir e dos assassinos.
Ambos já haviam trabalhado para o funileiro e por isso conseguiram pegar o cartão dele. A morte, segundo a denúncia, ocorreu quando Adimilson descobriu o furto. Ele recebeu uma pancada de um objeto de ferro na cabeça, dentro da próxima oficina, no Bairro Pioneiros.
Jorge Augusto chegou a ajudar na busca, fazendo postagens, e até dando entrevista, com informações que se revelaram mentirosas.
Os dois seguem presos pelo crime e vão ficar assim até o julgamento, segundo a decisão de Garcete. O processo corre em sigilo.