Por dia, 17 motoristas são multados por falar ao celular dirigindo
O uso excessivo do celular em todos os ambientes tem se tornado cada vez mais comum e não é diferente no trânsito. Entretanto, fazer ou atender uma ligação, conferir o WhatsApp e outras redes sociais enquanto dirige representa uma ameaça à segurança, pois causa distração visual, manual e cognitiva. Uma olhadela nos smartphones pode causar acidentes e ser fatal.
Apesar de todos os alertas, somente este ano, cerca de 3,2 mil condutores foram multados por fazer uso de celular no trânsito em Campo Grande, o que representa aproximadamente 17 multas por dia, segundo dados da Agetran (Agência Municipal de Trânsito).
No ano passado, levantamento da Agetran revela que de janeiro a dezembro, foram 294 mil multas aplicadas por várias infrações, destas 15 mil (5%) são referentes a celular no trânsito e 9 mil por falta de uso de cinto de segurança. Em 2016, foram ao todo 78 mil multas até agora, sendo 1,4 mil pelo não uso do cinto de segurança.
Celular x Trânsito - Além de atrapalhar o fluxo semafórico e pôr em risco quem transita pela via, a fração de segundos que o condutor perde ao digitar ou atender uma ligação no celular pode causar graves acidentes.
Estudo do NHTSA (Departamento de Trânsito dos Estados Unidos) revela que o condutor que faz uso de dispositivos móveis enquanto dirige tem aumentada em 400% a probabilidade de se envolver em acidentes.
Os estudos mostram que digitando texto ao volante as chances de acidente ampliam 23 vezes e falar enquanto dirige, o perigo de um desastre acontecer aumenta em seis vezes. O risco é muito maior do que o causado pela embriaguez ao conduzir.
Diante deste cenário, a Agetran iniciou uma campanha nesta semana para alertar sobre tais riscos. O diretor-presidente do órgão, Elidio Pinheiro, informou que na primeira fase da operação da campanha educativa em Campo Grande, além do uso de aparelhos celulares durante a condução de veículos, foi observado um alto índice da falta de uso do cinto de segurança.
O uso do item é obrigatório e indispensável, já que ele pode evitar, ou ao menos minimizar, ferimentos de acidentes graves como trauma craniano e lesão da medula, entre outros.
O diretor salienta que dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego apontam que com o cinto de segurança, a chance de uma dessas lesões em um acidente é de 45%. Se a pessoa estiver sem o cinto, o índice sobe para 75%.
“A prática da direção defensiva por parte dos condutores e o respeito e a consciência de todos os que utilizam as vias públicas farão com que o trânsito seja mais pacífico e os acidentes diminuam”, completou Elidio.