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Capital

Venda de água para candidatos do Enem garante lucro de até R$ 1.600

Liana Feitosa, Juliana Brum e Flávia Lima | 25/10/2015 13:02
Em frente à universidade Uniderp, o exame foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate. (Foto: Gerson Walber)
Em frente à universidade Uniderp, o exame foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate. (Foto: Gerson Walber)

Em frente à universidade Uniderp, na avenida Ceará, em Campo Grande, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate.

Esse é o caso dos jovens da igreja Sara Nossa Terra. Segundo o Vitor Hugo Silva dos Santos, a cada 3 meses a igreja promove um evento especial e, para conseguir arrecadar recursos para essa produção, a igreja espalhou seis grupos em diferentes pontos da cidade onde ocorrem as provas. Com isso, ontem foram arrecadados R$ 300.

Reforço - Os estudantes do primeiro ano de Medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Gabriel Rosa Vilela, 18 anos, e Juliana Marques Benedito, de 21 anos, também aproveitaram a oportunidade para reunir recursos para a turma e tiveram lucro líquido de R$ 1.600, resultado dos sete grupos que distribuídos pela cidade. Segundo eles, esse tipo de ação é adotada pelos alunos do primeiro ano da universidade há bastante tempo.

A estudante de Direito Louisie Eberhardt, de 20 anos, também da UFMS, faz parte da comissão de formatura do curso e conseguiu reunir cerca de R$ 800 com as vendas. "Não é muito dinheiro porque tem bastante concorrência. É preciso ficar em um lugar bem localizado para conseguir vender bem", afirma a estudante.

Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos. (Foto: Gerson Walber)
Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos. (Foto: Gerson Walber)

Já na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), que fica na avenida Tamandaré, a lanchonete da universidade ficou o tempo todo lotada na manhã deste domingo. Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos.

Fome - Três amigas, Bruna Laís Torete, Camila da Silva Ribeiro e Isabela Marques, todas de 18 anos, acreditam que, além de "enganar a fome", comer alguma coisa distrai e alivia a tensão na hora de fazer a prova.

No entanto, Camila conta que tem gente que exagera na "prevenção da fome". Ontem, durante a prova, um candidato levou uma marmitex para a sala e abriu a refeição ali mesmo para comer enquanto respondia às questões.

A comida foi rapidamente vistoriada pelo fiscal e, em seguida, liberada. "Eu sempre ouço falar de pessoas que levam comida assim pra comer na hora da prova, mas isso é um pouco exagerado, bastam algumas frutas e alguns salgadinhos", afirma Camila, quer cursar Arquitetura.

Para aliviar - As jovens consideram que a etapa de hoje é a considerada mais difícil pelos candidatos, já que inclui a redação. "A gente fica tão tenso e preocupado que não dá para comer marmitex", comenta Camila de forma descontraída.

Essa é a terceira que ela e as amigas fazem o Enem. Nas edições passadas elas não foram muito bem, por isso, neste ano, estudaram mais. Além disso, o objetivo do trio é ficar até o final do período de prova para revisar todas as questões.

"Não adianta fazer rápido e deixar passar errinho bobo por falta de revisão", completa Bruna, que quer cursar Medicina Veterinária. A amiga dela, Isabela, faz a prova para tentar o curso de Letras.

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