Vizinha ajudou no socorro, mas homem morreu 2 minutos após ser baleado
“Quando vi a esposa chorando em cima dele e pedindo socorro, saí de casa e fui ajudar”, diz moradora
Técnica em enfermagem, vizinha ajudou no socorro a Onofre Dias Neto, 35 anos, mas ele morreu dois minutos após ser alvo de, ao menos, cinco tiros. O homicídio foi Avenida Presidente Tancredo Neves, no Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande.
“Quando vi a esposa chorando em cima dele e pedindo socorro, saí de casa e fui ajudar. Liguei para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e o médico me orientou a monitorar os sinais vitais, mas em dois minutos ele tinha morrido”, diz a vizinha, que não quis se identificar. O corpo da vítima ficou por uma hora estendido na calçada.
Ela relata que acordou às 3h da madrugada deste domingo (dia 13) devido à discussão na casa vizinha. A mulher conta que havia muitas brigas e consumo de bebida alcóolica. A vítima seria funcionário de uma empresa privada de segurança. “Todo fim de semana era uma bagunça. Ninguém dorme por causa dessa casa, mas a polícia nunca vem”.
Antes de ser baleado, Onofre tentou sair de carro, mas acabou baleado. O veículo foi recolocado na garagem após o crime. A casa da vítima está vazia. A reportagem avistou muitas latas de cerveja pelo chão.
Conforme boletim de ocorrência, registrado na Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Onofre bebia com a esposa de 21 anos em casa, quando chegou um homem dizendo que era irmão do Marcelo D2.
Os dois discutiram em frente à residência e quando a vítima saía em seu carro, modelo Chevrolet Celta, foi atingida por vários disparos feitos pelo homem. A esposa de Onofre presenciou o fato. Após o crime, o autor fugiu em um carro, de cor cinza.
O Samu constatou o óbito. No local foram recolhidos dois projéteis e duas cápsulas de calibre 380. Os primeiros levantamentos realizados pela perícia indicam que a vítima foi morta com cinco tiros: no peito, abdômen, braços e costas.
Por enquanto não há informação sobre a motivação para o crime, nem se o suspeito foi identificado. O corpo de Onofre foi levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico.