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Capital

Vizinha também ficou ferida em confusão que acabou com um morto e um esfaqueado

O motorista de Uber Ataíde Gavila Ortiz, 49 anos, que não tinha nada a ver com confusão foi morto com três tiros, sendo um deles na nuca

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 24/10/2017 12:57
Vizinha que acolheu esposa e filho de Ademir, também foi ferido pelo suspeito (Foto: André Bittar)
Vizinha que acolheu esposa e filho de Ademir, também foi ferido pelo suspeito (Foto: André Bittar)

Uma vizinha, que pediu para não ter o nome divulgado, também foi ferida por Ademir Duran, 49 anos, que esfaqueou o próprio cunhado Ataíde Gavila Ortiz, 49 anos, e matou o motorista de Uber Wellington Contes Gonçalves, 35 anos, durante confusão na noite de ontem (23). O crime aconteceu no Residencial Celina Jallad, na Rua Janaína Chacha de Melo, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande.

Ataíde foi socorrida à Santa Casa, onde foi submetido a cirurgia e continua internado. Ademir foi preso em flagrante e levado para uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

A mulher, que ficou com o dedo machucado e precisou levar três pontos, relata o momento de terror que passou ontem. Por causa da briga, a esposa de Ademir se escondeu junto com o filho de 11 anos na casa dela. "Escutei dois tiros, quando sai para a rua vi o motorista ferido a tiros”, relata.

A vizinha, então, acionou a Polícia Militar e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Enquanto isso, Ademir pulou o muro e ameaçou outra pessoa, mas na sequência retornou e partiu para cima da vizinha. “Ele disse que ia me matar. Estava transtornado. Por sorte que não tinha mais munição no revólver. Porque senão ele teria feito um estrago”, diz. A mulher relata ainda que toda vez que ele engatilhava a arma, ela virara o cano para a barriga dele, mas durante a confusão acabou se ferindo com o gatilho do revólver.

Hoje de manhã, o Campo Grande News tentou contato com a mulher de Ademir, mas na casa onde ocorreu o crime não foi encontrado ninguém. “Está todo mundo assustado. A mulher dele foi para a casa de parentes". conta a testemunha.

Imóvel onde ocorreu o crime, no Residencial Celina Jallad (Foto: André Bittar)
Imóvel onde ocorreu o crime, no Residencial Celina Jallad (Foto: André Bittar)

Crime - Conforme as testemunhas, Ataíde e Ademir passaram a tarde na casa do autor conversando e consumindo bebidas alcoólicas. Porém, em determinado momento, os dois começaram a discutir. Ademir, então, sacou um revólver calibre 32 e, para se defender, Ataíde se armou com uma faca na cozinha. A mulher de Ademir, irmã de Ataíde, ainda tentou intervir, mas acabou se ferindo levemente e desistiu.

Ela voltou para dentro da casa e fugiu pela janela dos fundos com o filho, pois a briga acontecia na única porta de saída da residência. A confusão entre os cunhados prosseguiu.

Ademir, armado com uma arma de fogo, desarmou Ataíde e acertou o cunhado no pescoço. Em seguida, ele deixou a faca e a vítima quase degolada no chão e saiu na rua foi quando encontrou Wellington, que não tinha nada a ver com a história.

O motorista tinha deixado o carro no lava-jato minutos antes. Ao passar perto da casa, percebeu a movimentação e perguntou o que tinha acontecido e se o vizinho precisava de ajuda, mas como resposta foi atingido com três tiros, sendo um deles na nuca. A vítima morreu no local.

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