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Cidades

Chuva piora condição das estradas e dificulta trabalhos de recuperação

Marta Ferreira | 02/03/2011 10:20
Presidente da Câmara de Vereadores de Chapadão, Maiquel de Gasperi (DEM), ficou no meio do caminho por causa de um buraco na pista.
Presidente da Câmara de Vereadores de Chapadão, Maiquel de Gasperi (DEM), ficou no meio do caminho por causa de um buraco na pista.

A chuva intermitente dos últimos praticamente paralisou os trabalhos de recuperação de estradas em Mato Grosso do Sul iniciados no dia 21 de fevereiro, para dar condições de escoamento da safra. Como está chovendo em todo o Estado, os serviços só estão sendo executados nas pequenas tréguas que o mau tempo dá.

“As equipes permanecem acampadas e trabalham quando o tempo permite”, afirmou ao Campo Grande News o engenheiro Wilson Roberto Mariano, assessor da Secretaria de Obras do Estado.

Conforme Mariano, como a chuva tem sido constante e em algumas cidades a intensidade é maior, novos problemas vem surgindo.

Em Bela Vista, a cabeceira de uma ponte sobre o córrego Vacadiga foi levada pelas águas, obrigando a abertura de um desvio na MS 472.

No município de Rio Negro, também houve uma queda de ponte sobre o córrego Manilha. Também foi um feito um desvio para que o tráfego pudesse continuar na MS-228.

Em Corumbá, onde o mau tempo provocou interdição de casas por alagamentos, a situação nas estradas também é preocupante. À beira da morraria, no Porto da Manga, a água está sobre a pista, tornando a passagem pelo trecho perigosa.

Segundo o engenheiro, está sendo colocado minério de ferro sobre a pista para melhorar a situação.

Testemunho Na MS-306, entre Chapadão do Sul e Cassilândia, região onde os problemas nas estradas são freqüentes, o presidente da Câmara de Vereadores de Chapadão, Maiquel de Gasperi (DEM), ficou no meio do caminho por causa de um buraco na pista.

Segundo relato feito pela assessoria de imprensa do vereador, ao cruzar com um caminhão na rodovia, o veículo oficial da Câmara passou sobre buracos que provocaram o estouro de dois pneus.

Foi necessário chamar o guincho para trazer o veículo da Câmara até a cidade e o vereador fez a viagem no próprio carro.

Ao continuar o percurso, contou que se deparou com máquinas da empresa que está realizando o serviço de tapa-buracos deixando o local, por conta da chuva.

Segundo Gasperi, é possível ver, durante todo o trajeto, caminhões e carros pequenos danificados devida a péssima condição da estrada.

Escoamento- Como já começou o transporte da safra de grãos, as equipes que estão fazendo a recuperação das estradas já tiveram de socorrer motoristas atolados em estradas de terra pelo interior do Estado, conforme a informação do engenheiro da Secretaria de Obras.

Em todo o Estado, há 23 equipes trabalhando, conforme Mariano, nas 17 regionais mantidas pela Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), responsável pela execução dos serviços, via emprenteiras contratadas.

Nesta manhã, não havia condições de trabalho em todas as regionais por causa da chuva.

A preocupação maior é com 11 cidades consideradas eixos de escoamento da produção de grãos. “O problema é que a soja, por exemplo, você precisa levar até o secador, senão você perde o grão”, explica.

Apesar das dificuldades impostas pela chuva, Mariano acredita que o trabalho

de recuperação das estradas para escoar a safra vai ser feito a contento.

De acordo com ele, as obras de pavimentação de novas estradas também estão paralisadas.

Equipes contratadas pela Agesul estão nas estradas, mas só estão conseguindo trabalhar quando a chuva para, o que tem sido raro. (Foto: Moisés Silva)
Equipes contratadas pela Agesul estão nas estradas, mas só estão conseguindo trabalhar quando a chuva para, o que tem sido raro. (Foto: Moisés Silva)
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