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Cidades

Com 3 casos em um dia, bombeiros alertam para riscos de afogamento

Em três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande, dois irmãos gêmeos, de 2 anos, morreram

Viviane Oliveira | 04/09/2017 12:01
Gêmeos morreram afogados em piscina da família (Foto: reprodução/Facebook)
Gêmeos morreram afogados em piscina da família (Foto: reprodução/Facebook)

Somente neste domingo (3), três casos de afogamento de criança em piscina de casa foram registrados no Estado. Em três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande, dois irmãos gêmeos, de dois anos, morreram. Na Capital, um bebê de um ano e três meses de idade, também se afogou em acidente doméstico, mas foi socorrido e levado à Santa Casa, onde permanece internado em observação.

Os casos acima trazem preocupação e acende o alerta: como evitar acidentes dessa natureza, principalmente em residências ou condomínios com piscinas. A tenente do Corpo de Bombeiros Janaíne Penteado Santana, dá dicas de segurança.

A primeira coisa é a prevenção, tanto em casa quanto em rios, lagos e clubes. As piscinas em imóveis devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1 metro e meio de altura com portões, cadeados e travas de segurança para dificultar o acesso de crianças. Se a barreira for de grade, o espaçamento deve ser de 15 centímetros.

Crianças na água devem ser supervisionadas por um adulto. Jamais deixá-las sozinhas com irmãos pré-adolescentes ou com boias, de qualquer modelo. Não deixar brinquedos e outros objetos que chamem a atenção próximos à piscinas e a outros recipientes com água. Também são registrados vários incidentes de afogamento em baldes.

“Em caso de afogamento, o Corpo de Bombeiro deve ser acionado imediatamente pelo 193. Enquanto isso, até a chegada dos socorristas, alguém deve manter a calma e fazer respiração boca a boca ou massagem de RCP (Reanimação Cardiorrespiratória) de cem a cento e vinte compressões por minuto.

De janeiro até agora, 26 casos de afogamentos, tanto de crianças quanto de adultos, foram contabilizados em Mato Grosso do Sul, seis a mais que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2016, no total, foram 31 ocorrências por afogamento.

Em julho deste ano, funcionário terceirizado de 56 anos morreu afogado enquanto limpava a piscina olímpica da UFMS  (Foto: Rafael Ribeiro)
Em julho deste ano, funcionário terceirizado de 56 anos morreu afogado enquanto limpava a piscina olímpica da UFMS (Foto: Rafael Ribeiro)

Tragédia – Os gêmeos Gabriel e Guilherme morreram afogados na piscina da casa da família, na manhã de ontem. Os meninos teriam passado pelo cercado que protege a piscina sem serem vistas. Em questão de segundos, o pai que regava as plantas do jardim, percebeu as crianças boiando. Ele correu para socorrê-las. A família acionou o Corpo de Bombeiros e foi orientada quanto aos procedimentos de emergência. Os próprios pais levaram os meninos ao hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Eles não resistiram.

À tarde na Capital, um bebê de 1 ano e 3 meses também se afogou na piscina de casa, na região do Bairro São Francisco. Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, a vítima já estava inconsistente quando foi encontrada pela mãe, que desesperada gritou pedindo por socorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado. Um dos vizinhos fez massagem cardíaca na criança até a chegada dos socorristas. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, o menino está consciente e orientado. Ele está estável, mas permanece internado respirando com a ajuda de aparelho oxigênio.

Em julho deste ano, funcionário terceirizado de 56 anos morreu afogado enquanto limpava a piscina olímpica da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. João chegou a ser reanimado pela equipe do Corpo de Bombeiros, mas morreu a caminho da Santa Casa.

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