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Cidades

Corte de Bernal atingiu 400 de imediato e prejudicará mais 900

Josemil Rocha | 11/02/2013 17:25
Marcos Tabosa articula protesto e possível greve
Marcos Tabosa articula protesto e possível greve

O corte de gratificação atingiu “automaticamente” 400 servidores municipais de Campo Grande na folha salarial de janeiro, paga no dia 7 de fevereiro, e deve prejudicar 1.300 a “médio e longo prazo”, conforme estejam cursando ou já tenham concluído o Profuncionário, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), Marcos Tabosa. A gratificação é paga a administrativos da Secretaria de Educação (Semed) que fazem o Profuncionário, curso técnico de qualificação oferecido pelo Ministério da Educação. O corte também atingiu funcionários da Central de Atendimento ao Cidadão.

A média salarial do administrativo da Educação e de funcionários da Central de Atendimento ao Cidadão é de R$ 680. Os servidores da central recebem R$ 300 de abono. Já os administrativos têm acréscimo de R$ 150, correspondentes ao Profuncionário, pago a quem faz curso de qualificação.

Em assembléia realizada na semana passada, os servidores afetados pelo corte de gratificação decidiram fazer paralisação de advertência no dia 18, com duração de 24 horas. Se nos dois dias seguintes a Prefeitura não se comprometer a retomar o pagamento da gratificação, uma greve geral deve começar no dia 21.

Os preparativos para a deflagração do movimento de protesto aconteceram no dia 15, próxima sexta-feira, quando nova assembléia de servidores municipais será realizada na sede do Sisem, que fica na Rua Otaviano de Souza, 58, bairro Monte Líbano.


Sindicalismo e não política

Acusado recentemente por setores da imprensa, de estar a serviço de políticos, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, garantiu esta tarde que atua exclusivamente no movimento sindical. Não nega ter sido ativista político no passado, mas garante que desde que assumiu a presidência do Sisem só trabalha no sindicalismo.

“Fui assessor do vereador Airton Saraiva até eleição do sindicato, que aconteceu no dia 6 de outubro de 2009. Depois disso, eu abandonei a política e só atuo no sindicato”, afirmou Marcos Tabosa. “Não sou ligado politicamente a ninguém”, garantiu ele.

Tabosa conta que, ao assumir o comando do Sisem, havia uma dívida sindical de R$ 150 mil e a entidade de classe tinha apenas 157 filiados e não possuía sede. “Quando assumi eu implantei choque de gestão. Agora temos cerca de 3 mil filiados, sem obrigar ninguém a se filiar, e um patrimonio acima de R$ 1 milhão. O sindicato tem sede é própria, tem carro próprio”, disse.

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