Desafio não é nota, mas combater evasão e desistência, diz secretária sobre Ideb
O desafio para a educação pública estadual de Mato Grosso do Sul é combater a evasão e a desistência dos alunos, afirma a secretária de Educação Nilene Badeca após a publicação dos resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) nesta terça-feira (14) pelo MEC (Ministério da Educação).
As escolas da rede estadual de 1º ao 4º ano atingiram nota 4,9; as até o 8º ano conquistaram 3,5, o mesmo índice do ensino médio. O Estado tem 362 escolas estaduais, dessas 299 oferecem o ensino médio.
“Nosso desafio é o ensino médio, o ensino noturno. Na proficiência, a nota, nós fomos bem, o que cai são os índices de evasão e repetência”, afirmou Nilene. De acordo com a secretária, o desafio para a rede estadual é reduzir esses índices para que os alunos tenham uma preparação maior, com redução maior dos índices negativos e aumento da qualidade.
Entre os destaques apresentados pela secretaria está a escola Dom Aquino Corrêa, em Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande, e que conquistou Ideb de 7,5, nota maior que a do Colégio Militar de Campo Grande. E a melhora na escola fez com que os outros cinco estabelecimentos da rede estadual do município conquistassem índices acima de 5.
Segundo a secretaria, as escolas que adotam o sistema de ensino integral tiveram a melhora significativa, como a Luiza Vidal Borges Daniel, em Campo Grande, que teve nota 2,8 em 2007 e que em 2011 obteve 5,6, desempenho acima do 5,0 esperado pelo MEC.
“As escolas de ensino integral tiveram melhora, comprovado de mais tempo na escola tem retorno”, destocou Badeca. Ela atribuiu o bom desempenho ao material didático estruturado, apoio ao aluno, professor e escola, e também a coordenação de área. Desde o ano passado, as escolas de 1º ao 5º anos passaram a contar com coordenadores formados em português e matemática para atender melhor as disciplinas.
A segunda maior nota da rede estadual foi na escola Rotary dr. Nelson de Araújo, de Dourados a 233 quilômetros da Capital, que passou de 4,4 em 2007 para 6,7 neste ano. Em terceiro no ranking está a Bernardino Ferreira da Cunha, em São Gabriel do Oeste a 140 quilômetros da Capital, e que passou de 4,4 para 6,6 na avaliação do ano passado.
Para Badeca, o desafio é fazer com as escolas que obtiveram boas notas continuem com o índice alto na próxima avaliação. “Vamos visitar essas escolas que tiveram notas ruins para saber o que precisam para melhorar, saber qual foi o problema e oferecer ajuda”, finalizou.