Dia de Luta deixa 400 mil alunos sem aulas e tem protestos na Capital
O Dia Nacional de Manifestações e Luta deixou cerca de 400 mil estudantes sem aulas na rede pública em Mato Grosso do Sul. Enquanto atos paralisam ônibus e bloqueiam vias em sete capitais, a situação é restrita a uma manifestação na Avenida Gury Marques, na saída para São Paulo, em Campo Grande.
No Estado, a mobilização maior reúne os professores da rede estadual, que suspenderam as aulas em 100% das escolas estaduais, segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Roberto Magno Botarelli. Ele estima que a adesão atinge também 100% das escolas públicas municipais de Campo Grande.
O movimento reúne, neste momento, cerca de 100 representantes dos sindicatos dos trabalhadores da Construção Civil, dos Bancários, dos Eletricitários, da educação (Fetems e ACP) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Cerca de 100 pessoas estão concentradas em frente a sede da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul).
Os trabalhadores protestam contra a aprovação do Projeto de Lei 4.330, que regulamenta o serviços terceirizados no País, a jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução dos salários, investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação, entre outros itens.
Sobre a terceirização, os sindicalistas argumentam que ela será prejudicial ao trabalhador, porque acaba com o vínculo entre o empregado e a empresa. As responsabilidades passarão a ser da terceirizada e devem reduzir benefícios, como plano de saúde.
Após o ato na Gury Marques, o grupo seguirá em carreata até o Centro da Capital. Eles vão se concentrar na Rua 7 de Setembro, em frente à ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) e vão distribuir panfletos na esquina com a rua Rui Barbosa.
No País, a mobilização tem paralisação do transporte coletivo em sete capitais. Houve confronto entre os trabalhadores e a Polícia Militar em Fortaleza (CE).