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Em Pauta

A amizade como fator essencial para a saúde

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 30/04/2025 08:00
A amizade como fator essencial para a saúde

Em 1.937, na Universidade de Harvard, começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. O projeto, que deveria continuar - Trump está cortando todas as verbas públicas para as universidades - não teria uma data certa para ser finalizado. Acompanha milhares de pessoas. Voluntários de todas as idades e perfis, que tem suas vidas analisadas e passam por entrevistas e exames periódicos que tentam responder à pergunta: “o que faz uma pessoa ser saudável?”. Uma das principais conclusões é surpreendente.


A amizade como fator essencial para a saúde

Amigos para sempre.

O fator que mais influi no nível de saúde das pessoas não é a riqueza, a genética, a rotina nem a alimentação. São os amigos. George Valliant, o psiquiatra coordenador do estudo, talvez exagere, mas não está distante ao afirmar que: “a única coisa que realmente importa é a sua aptidão social - as suas relações com outras pessoas”. Valliant está à frente da pesquisa há mais de 30 anos (ou estava, depende do grotesco imperador do mundo).


A amizade como fator essencial para a saúde

Amizade aumenta a vida em 10 anos.

Ter laços fortes de amizade aumenta nossa vida em até dez anos e previne uma série de doenças. Pessoas com mais de 70 anos têm 22% mais chance de chegar aos 80 se mantiverem relações de amizade fortes e afetivas. Outra descoberta de Harvard é que ter amigos ajuda mais na saúde do que ter contatos com familiares.


A amizade como fator essencial para a saúde

Quatro, o número mínimo de amigos.

A pesquisa aprofundou, chegando até a nos informar quantos amigos devemos ter minimamente. Quatro é o numero indicado como mínimo. Gente com menos de quatro amigos tem risco dobrado de doenças cardíacas. Isso acontece porque a ocitocina - o hormônio que estimula as interações entre as pessoas - age no corpo como um oposto da adrenalina. Enquanto a adrenalina aumenta o nível de estresse, a ocitocina reduz os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, diminuindo assim, a probabilidade de ataques cardíacos e derrames. A ocitocina também aumenta os níveis no sangue da interleucina, componente do sistema imunológico que combate as infecções. Além de fundamental para o bem estar mental, ter amigos faz bem ao coração e ao corpo.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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