Em 9 meses, MS tem aumento de 180% nos registros de zika
Circulação do vírus no Brasil foi confirmada laboratorialmente em abril de 2015
O boletim epidemiológico semanal da SES (Secretária Estadual de Saúde), divulgado na quarta-feira (12), aponta que de janeiro até agora, Mato Grosso do Sul notificou 194 casos de zika e confirmou 42. O número de resultados positivos é 180% maior, que o mesmo período em 2017, quando 378 casos haviam sido comunicados e 15 confirmados, sendo uma gestante.
A reportagem do Campo Grande News comparou o levantamento de casos de dengue divulgados na 36ª semana de 2018, com o mesmo período de 2017.
A Febre do vírus zika é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, transmitida, principalmente, pelos mosquitos Ae. aegypti e Ae. albopictus. A circulação do vírus no Brasil foi confirmada laboratorialmente em abril de 2015, em amostras de pacientes do município de Camaçari, Bahia.
No entanto, após 18 meses do primeiro caso no país, o Ministério da Saúde declarou em maio de 2017, o fim da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) em decorrência do vírus Zika vírus e sua associação com a microcefalia e outras alterações neurológicas.
Na época, em Mato Grosso do Sul, foram confirmados 343 casos, sendo o primeiro em janeiro de 2016.
Fim da emergência - Durante o anúncio, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Adeílson Cavalcante, ressaltou que o enfrentamento ao Aedes aegypti será mantido em todos os níveis de vigiância.
“O fim da emergência não significa o fim da vigilância ou da assistência. O Ministério da Saúde e os outros órgãos envolvidos no tema irão manter a política de combate ao Zika, dengue e chikungunya, assim como os estados e municípios”.
Em nível nacional, foram 7.911 casos de Zika em todo o país até 15 de abril deste ano, registrando queda de 95,3% em relação a 2016, quando foram 170.535 notificações. Os dados da microcefalia também apresentaram redução importante a cada semana desde maio do ano anterior. Casos mensais se mantiveram em 2% desde janeiro de 2017.