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Cidades

Em MS há 3 meses, helicóptero de Abadía está parado

Redação | 05/01/2008 11:58

Em poder do governo de Mato Grosso do Sul desde outubro do ano passado, o helicóptero apreendido pela justiça de São Paulo com o traficante colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadía nunca fez um vôo para combater a criminalidade no Estado, motivo pelo qual foi entregue à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). O aparelho está parado no hangar do governo do Estado no Aeroporto Internacional de Campo Grande, aguardando que seja contratado um seguro, exigência feita pela justiça paulista quando repassou a aeronave à Sejusp, que ficará como fiel depositária até que termine o processo contra Abadía, preso no presídio federal de segurança máxima da capital.

A licitação para fazer o seguro foi aberta, ainda em 2007, mas acabou suspensa, por conta de pendências envolvendo uma das empresas interessadas, segundo informou o coordenador do GPA (Grupo de Patrulhamento Aéreo), o major da Polícia Militar Hipólito Vila Maior. A previsão é que neste mês tenha alguma definição.

O seguro vai impor um gasto alto ao governo. O valor é de 10% do montante em que foi avaliado o helicóptero, US$ 600 mil, o equivalente a R$ 1 milhão. Isso quer dizer que o seguro vai custar pelo menos R$ 100 mil. Pelo que o Campo Grande News apurou, operações que envolvem bens de traficantes costumam ser mais caras, dados os riscos levados em conta pelas companhias seguradoras. Um deles é de que o acusado, ao fim do processo, recupere o bem, como já ocorreu em casos anteriores.

Plano de ação - Segundo o major Vila Maior, já existe um planejamento feito pelo grupo para o uso do helicóptero, uma novidade no sistema de segurança estadual. Entre ações previstas, informou, está a utilização do aparelho para ações de fiscalização na região de fronteira, para combate ao tráfico de drogas, para policiamento ambiental nas épocas consideradas de maior risco, como o período de defeso, quando a pesca fica proibida, e ainda em ocasiões emergenciais, como em casos de assaltos a bancos, por exemplo.

O GPA tem hoje, além do helicóptero que está parado, quatro aeronaves: dois monomotores e dois bimotores, apreendidos de traficantes. Nem todas têm seguro, porque essa é uma exigência, conforme o coordenador, que é feita normalmente quando o processo ainda não terminou.

O helicóptero de Abadía é um PT-HBM Jet Ranger, ano 91, que tem autonomia de vôo de cerca de quatro horas e capacidade para três passageiros.

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