Em protesto para evitar demissões, grevistas fecham Enersul a cadeado
A paralisação de 48 horas dos funcionários da Enersul começou com a instalação de cadeados em duas unidades da empresa em Campo Grande: na avenida Gury Marques, saída para São Paulo, e na avenida Calógeras, no Centro.
“Trancamos o portão da empresa e chamamos os funcionários para a mobilização”, afirma o presidente do Sinergia (Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso do Sul), Élvio Marcos Vargas.
A greve hoje e amanhã foi definida ontem, durante assembleia da categoria. O sindicato exige a garantia de que a venda da empresa para o grupo Energisa não resulte em demissões.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) analisa nesta terça-feira se aprova o plano da Energisa para assumir a Enersul e outras sete distribuidoras do Grupo Rede Energia.
Segundo Vargas, durante a paralisação será mantida cota mínima para cumprimento dos serviços essenciais. Na quarta-feira, às 16h, acontecerá uma nova assembleia.
Ontem, houve entendimento quanto ao reajuste. A empresa vai oferecer 6.48%, sendo 5.48% de reposição da inflação e o restante de ganho real. A Enersul tem 1.080 funcionários.
O plano da Energisa prevê R$ 154 milhões a menos em investimentos do que a necessidade da Enersul. Além do compartilhamento de estrutura e recursos humanos. A empresa atende a 94,4% da população de Mato Grosso do Sul, num total de 2,4 milhões de habitantes.